domingo, 28 de abril de 2013
SINHÁ OLYMPIA A PRIMEIRA HIPPIE DO BRASIL, SEGUNDO RITA LEE
Olympia Angélica de Almeida Cotta, (Santa Rita Durão, distrito de Mariana, 1889 — Ouro Preto, 1976), mais conhecida como Sinhá Olímpia, foi o caso da mais célebre mendiga e andarilha que viveu em Ouro Preto, mulher que deliberou que aos 40 anos seria a rua o seu espaço vital. De cigarro na boca e cajado, ornamentada com chapéus exóticos de todo o mundo e com um magnifico amontoado barroco de roupas e acessórios, Olympia encantava turistas, estudantes, artistas, com histórias efabuladas que revelavam uma imaginação rara e uma educação refinada. Circulava pelas ruas contando estórias, pelas quais pedia algum dinheiro em troca. Foi considerada por Rita Lee a primeira hippie do Brasil e transformou-se em musa de Carlos Drumond de Andrade e de Milton Nascimento.
Dizia-se noiva de Dom Pedro II, colaboradora de Tiradentes e amante de Chico Rei. OLympia foi capa da revista Time e foi fotografada por Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir
Filha de pai rico, Sinhá Olympia apaixonou-se na juventude por um farmacêutico pobre e foi proibida de viver o romance. Contam até que o rapaz, pouco tempo depois, faleceu de tristeza. Daí o motivo da sua loucura.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
A Falsa Unidade!
Nenhum eu, nem mesmo o mais ingénuo, é uma
unidade, antes sim um mundo extremamente multifacetado, um pequeno céu
estrelado, um caos de formas, estádios e condições, heranças e possibilidades.
O facto de cada um por si aspirar a considerar este caos uma unidade, e falar
do seu eu como se tratasse de uma
manifestação simples, fixa e solidamente modelada, claramente delimitada - esse
engano, que é inerente a qualquer ser humano (mesmo superior), parece ser uma
necessidade, uma exigência da vida, como a respiração ou a alimentação.
O erro assenta numa simples transferência. De corpo, todo o homem é uno; de alma, nunca.
Hermann Hesse, in "O Lobo das Estepes"
O erro assenta numa simples transferência. De corpo, todo o homem é uno; de alma, nunca.
Hermann Hesse, in "O Lobo das Estepes"
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