
O povo Mossua vive numa região remota da China, junto à fronteira com o Tibete. Esta é uma comunidade onde o poder está nas mãos das mulheres. Os homens vivem com as mães toda a vida e recebem uma mesada.
As casas são um reflexo do poder feminino, têm um grande pátio, uma grande cozinha, sala de estar e dormitórios para os homens. Há volta do pátio há pequenas divisões para as mulheres adultas e os seus convidados. Os Mossua não aceitam o casamento, mantém relações temporárias, chamadas axia, que duram enquanto há amor.
Os homens estão dependentes das mulheres. Elas comandam o trabalho, eles submissos, andam um passo atrás delas e se ela fala, eles baixam a cabeça. As mulheres dão-lhe ordens, levantam a voz, incham o peito e dizem aos homens o que têm que fazer.
O dinheiro e o controle das finanças familiares, pertence à mulher.
Quando nascem os filhos, não sabem quem são os pais, ficam ao cuidado da família da mãe e recebem o apelido da mesma. Não há a noção de paternidade
No amor, aparentemente as mulheres são submissas. Olham para o homem que lhes interesse de forma intencional, mas esperam que ele tome a iniciativa. Há liberdade sexual. O ciúme é vergonhoso, porque implica a noção de propriedade que mata o desejo. As relações ocasionais são as mais frequentes e uma mulher pode ter muitas, se for bonita pode até ter relações com todos os homens. Às 6 da manhã, na rua principal há sempre muito movimento. Os homens saem da cama das amantes e vão para a casa das mães.
Segundo o estudo de Coler, além desta sociedade matriarcal, sabe-se que o poder feminino é norma entre os Nagovisi, da Papua Nova Guiné, entre os Minangkabau, da Indonésia e o povo Khasi, no Norte da Índia, onde há mesmo um movimento de emancipação masculino, que luta contra a violência das mulheres sobre os maridos.