Vi alguns dos filmes, que têm passado por aí, não sou crítica cinematográfica, mas gosto de cinema, não especialmente por entretenimento, mas sempre com o propósito de trazer alguma coisa comigo…de me situar noutros «mundos»…
«The Fighter» - Último Round, de David O. Russell [História verídica de Micky Ward e do irmão mais velho, Dicky Eklund]
Um filme no universo do boxe, não gosto, fui empurrada! Não consegue marcar a diferença dos clássicos que o antecederam.
Dois irmãos. Predomina a protecção e o vampirismo familiares, um deles, carrega o falhanço da carreira de outro destruído pelo crack, com a responsabilidade de sustentar uma família. Contexto: operariado de Massachusetts, onde o boxe não é apenas um desporto, mas uma possível porta de saída, de gente que luta contra uma vida que não lhes dá hipótese.
História de um desencontro, uma indecisão, uma debilidade do projecto… não vale a pena esperar, por interacção, não vale a pena esperar pelo fluxo de violência e sensualidade que havia, entre Robert deNiro e Joe Pesci n''"O Toiro Enraivecido" de Scorsese,
«Biutiful» de Alejandro Iñarritu, do qual vi filmes interessantes: Amor Cão, 21 Gramas, Babel. O filme arrasou-me é um Requiem de um homem quase defunto, sublinhando a traços carregados uma mundivisão muito sombria. O filme tem de facto uma interpretação profunda e verosímil de Javier Barden. Uma espécie de «poema sórdido», um filme que se admira, mas não se ama, como escreveu o Time.
Para descontrair: «Vais conhecer o homem dos teus sonhos», casais de gerações diferentes, as mesmas crises conjugais, amores cruzados…uma sátira sobre ilusões e desilusões amorosas. O mais do mesmo, claro, mas com a batuta de Woody Allen, que sempre vai provocando um sorriso, sem dramatismos.
«Cisne Negro» de Darren Aronofsky, um filme entre a agonia e o êxtase, que dá o melhor papel da sua vida a Natalie Portman, que interpreta uma versão visceral do clássico «O Lago dos Cisnes» de Tchaikovsky. Thriller psicológico onde vacila uma mente submetida a uma pressão fragmentada, com duas facetas conflituosas – uma inocente e «angelical», outra obscura e «demoníaca». É uma pequena obra-prima, plena de intensidade dramática e com muita criatividade.
«Discurso do Rei» de Tom Hooper centra-se na gaguez do rei Jorge VI e a história é muito conhecida… não estando preparado para assumir a coroa, devido à abdicação do seu irmão Edward, que se apaixonou por uma americana duas vezes divorciada e trocou a coroa pelo casamento, teve que o substituir. A gaguez de Jorge VI, centraliza todo o filme e Colin Firth tem uma interpretação excepcional, mostrando o pânico e o sufoco dessa situação.
Colin Firth, que de filme para filme tem brilhado, quando deixou as comédias românticas e fez o seu primeiro grande papel, representando o pintor Vermeer, no filme «A Rapariga com Brinco de Pérola». Seguindo-se outros filmes interessantes e no ano passado a sua excelente interpretação em «Um Homem Singular», um professor universitário gay amargurado pela morte do seu companheiro, filme também realizado por Tom Hooper.
Colin Firth, que de filme para filme tem brilhado, quando deixou as comédias românticas e fez o seu primeiro grande papel, representando o pintor Vermeer, no filme «A Rapariga com Brinco de Pérola». Seguindo-se outros filmes interessantes e no ano passado a sua excelente interpretação em «Um Homem Singular», um professor universitário gay amargurado pela morte do seu companheiro, filme também realizado por Tom Hooper.
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