«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sábado, 26 de novembro de 2011

VOLTANDO A CHARLES CHAPLIN

O BARBA AZUL / Monsieur Verdoux
Charles Chaplin (1947)

A partir de 1944, Chaplin trabalhou em O Barba Azul. O ponto de partida da ideia para o filme é contado nos seguintes termos por Peter Cotes e Thelma Niklaus:
Orson Welles jantava uma noite com Chaplin e, como sempre, a conversa acabou por cair no cinema. Da discussão nasceu uma sugestão: uma colaboração Welles-Chaplin para fazer um filme sobre Landru, o barba-azul francês, podia marcar uma data na história do cinema. Na euforia do jantar, Chaplin achou a ideia interessante e perfeitamente realizável, mas no dia seguinte de manhã o seu espírito levou-o a reconsiderar. Sentia que um trabalho em comum com Welles não era possível, pois eram ambos realizadores ciosos da sua liberdade de acção. Porém, a história de Landru tinha-o interessado e a sua imaginação trabalhava constantemente sobre este tema. Chaplin trabalhou sobre esta ideia vários anos. Maurice Bessy conta na sua obra o epílogo da colaboração entre os dois cineastas. Deve-o, sem dúvida, a Robert Florey, que foi o realizador associado de O Barba Azul e tratado por Chaplin com a mesma desenvoltura.
Quando acabou O Barba Azul, Chaplin convidou Welles para jantar e pediu-lhe para renunciar a ser mencionado no genérico. Um filme de Chaplin é um filme de Chaplin, seja qual for a personalidade dos seus colaboradores. Orson Welles aceitou sem discutir.



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