quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
EU E A MINHA IRMÃ

Quando a minha irmã casou eu tinha 13 anos e pronto saiu de casa, mas como logo desatou a ter filhos, voltamos a viver juntos. Cedo comecei a cuidar de crianças e a gostar muito de crianças. Quando a minha irmã ficou grávida do terceiro filho, deixou de trabalhar e voltamos a viver separados.
Fomos sempre bastante ligadas e éramos uma família unida, mas muito diferentes relativamente ao feitio, ela era e continua a ser uma «lady», eu brinco com ela chamando-lhe isso, mas ela não gosta nada. É uma pessoa muito senhora de si e eu sempre fui uma problemática «baldas», calças de ganga, t’shirt, blusão e muito de «ismos».
Casei bastante nova, com 19 anos, estive um tempo sem ter filhos e a «sobrinhada» andava sempre comigo e eu passava a vida em casa dela. Depois decidi ter filhos e ela deu-me uma coragem e um apoio extraordinários. Íamos muito ao cinema juntos. Foi a ver um filme de John Houston (estas coisas não se esquecem) que comecei a ter dores e ela «não te preocupes, vamos ver o filme, depois telefona-se à parteira». Toda a torcer-me lá aguentei!..Quando o filme acabou lá fomos para a Casa da Saúde, eu ela e o meu marido. Os dois assistiram ao parto e ela fazia mais força do que eu!..Quando nasceu a minha filha a cena foi similar, lá estiveram os dois. Estes momentos são marcantes e ela esteve comigo.
Outras situações foram ocorrendo, agradáveis e desagradáveis, mas a realidade é que com feitios muito diferentes, sempre estivemos juntas e continuamos.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
GLORYA GAYNOR - I WILL SURVIVE
GLORYA GAYNOR – I Will Survive
ISTO É UM HINO PARA UMA CERTA GERAÇÃO!?...
ISTO É UM HINO PARA UMA CERTA GERAÇÃO!?...
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
PENSAMENTOS DE KHALIL GIBRAN

Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.”
“Os corações que as tristezas unem permanecem unidos para sempre. O laço da tristeza é mais forte que o laço da alegria. E o amor que as lágrimas lavam torna-se eternamente puro e belo.”
“As árvores são poemas que a terra escreve para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio.”
“O amor é a única flor que desabrocha sem a ajuda das estações.”
“Pois as distâncias não existem para a recordação; e somente o esquecimento é um abismo que nem a voz nem o olho podem atravessar.”
“A música é a linguagem dos espíritos.”
“Deve existir algo estranhamente sagrado no sal: Está em nossas lágrimas e no mar.”
“A consciência de uma planta no meio do inverno não está voltada para o verão que passou, mas para a primavera que irá chegar. A planta não pensa nos dias que já foram, mas nos que virão. Se as plantas estão certas de que a primavera virá, por que nós – os humanos – não acreditamos que um dia seremos capazes de atingir tudo o que queríamos?”
Khalil Gibran - Célebre escritor libanês que fez carreira Nos EUA, escrevendo diversos livros em árabe e em inglês. Também se dedicou ao mundo das artes, expondo AS suas obras em Boston, NY e Paris.
SE QUISER SABER MAIS CONSULTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Khalil_Gibran
domingo, 13 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
QUANDO UM HOMEM QUISER - ARY DOS SANTOS

Tu que dormes à noite na calçada do relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
MARIA JOÃO SEIXAS À FRENTE DA CINEMATECA

"Uma pessoa culta, simpática e fora dos lóbis", é assim que o realizador João Botelho descreve Maria João Seixas, nome avançado para a direcção da Cinemateca Portuguesa - instituição órfã de director desde que João Bénard da Costa a deixou, em Janeiro, por motivos de saúde. A simpatia é reconhecida por quem há mais de 30 anos a vê na televisão ou ouve na rádio. A relação entre a jornalista de 64 anos e o cinema é muito próxima - ou familiar. Literalmente. Maria João Seixas foi casada com o realizador Fernando Lopes, cineasta que no seu último filme ("Sorrisos do Destino", que estreou há um mês) retrata o final da relação do casal depois de uma relação extra-conjugal desmascarada. Ao lado de Fernando Lopes, Maria João assinou parte do argumento de "O Delfim" e "Cinema". Esteve também envolvida no documentário "Lissabon Wuppertal Lisboa", sobre a coreógrafa Pina Bausch e conta com prestações breves em filmes como "Adriana" ou "Um dia na Vida". O realizador João Botelho destaca ainda o trabalho de Seixas na divulgação do cinema português fora de portas com a distribuidora Uniportugal. Pedro Mexia assumiu o cargo de director interino e por lá ficou durante um ano a conduzir sozinho um cargo de dois lugares. A jornalista, nascida em Moçambique, foi assessora para a cultura do primeiro governo de António Guterres, mandatária nas candidaturas presidenciais de Jorge Sampaio e Mário Soares e na corrida à Câmara Municipal de Lisboa de Manuel Maria Carrilho.
(Jornal i)
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
CIMEIRA DE COPENHAGA INTERESSA A TODOS

Começou ontem e termina no dia 18 a cimeira na qual o Mundo vai procurar um consenso para reduzir emissões com efeito no clima após 2012, quando cessa o compromisso de Quioto. Evidentemente que não vai ser fácil, terá de ser partida muita pedra sobre a mesa das negociações. Em Copenhaga estão reunidos representantes técnicos e políticos de 192 países, tendo como objectivo prioritário estabelecer plataformas de responsabilidades mútuas para deixar subir pouco, e depois diminuir mesmo, as emissões dos gases com efeito de estufa (GEE), os maus da fita, são: o óxido nitroso, o metano e o mais famoso de todos, o dióxido de carbono.Ao aumento da concentração desses gases na atmosfera por acção humana é imputado o aumento médio da temperatura global, a um ritmo e intensidade que o planeta só suportará à custa de grandes alterações de todo o clima e dos sistemas vivos que dele dependem. O dedo da Humanidade está aqui impresso, diz em uníssono a comunidade científica.Há cerca de duas décadas que a questão começou relutantemente a ser assumida pelos governantes, após o protagonismo encetado por movimentos ambientalistas, depois de estudos científicos múltiplos. A chancela das Nações Unidas às questões climáticas viria, depois, pôr na agenda internacional a emergência de os países acordarem acções destinadas a conter o aumento das temperaturas. As emissões de GEE, sobretudo da indústria e transportes, passaram a estar no centro da procura de compromissos. Mas também outras acções com impacto na atmosfera e restantes sistemas da Terra, como a desflorestação. Os problemas são vários, esperemos que neste período de tempo seja possível atingir os consensos necessários, para que depois do dia 18, o mundo possa ser visto de uma forma mais positiva.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
ORFEU REBELDE - MIGUEL TORGA

Orfeu rebelde, canto como sou:
Canto como um possesso
Que na casca do tempo, a canivete,
Gravasse a fúria de cada momento;
Canto, a ver se o meu canto compromete
A eternidade no meu sofrimento.
Outros, felizes, sejam rouxinóis...
Eu ergo a voz assim, num desafio:
Que o céu e a terra, pedras conjugadas
Do moinho cruel que me tritura,
Saibam que ha' gritos como há nortadas,
Violências famintas de ternura.
Bicho instintivo que adivinha a morte
No corpo dum poeta que a recusa,
Canto como quem usa
Os versos em legitima defesa.
Canto, sem perguntar à Musa
Se o canto é de terror ou de beleza.
Miguel Torga
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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