Li numa revista semanal, algumas excentricidades dos professores universitários nas aulas, por exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa deu uma aula num campo de ténis e obriga os alunos a levantar-se sempre que entra na sala de aula, Jorge Miranda vestia camisolas encarnadas quando o Benfica goleava, Vasco Rato já cantou numa aula o refrão de uma canção dos The Clash…
Isto fez-me lembrar alguns dos meus professore, mas não vou dizer nomes.
Tive um professor, que levava para aulas o seu cão, que ficava sentado numa cadeira ao seu lado, o mesmo para comprovar uma tese, andou a dançar aos saltos e a cantarolar ao longo do quadro. Uma outra professora, de História Medieval, muitas vezes trazia o aparelho e a música medieval e para ali ficávamos a olhar uns para os outros em silêncio, mas disfarçando a grande vontade de rir. Um outro professor que ensinava arte do séc. XIX, aparecia sempre meia hora depois do começo da aula e falava de programas televisivos, segundo dizia, era o que cativava os alunos, porque sobre a matéria de estudo não faltavam livros. Um outro professor, escrevia livros sobre a matéria que dava e depois no fim da aula dizia, se me quiserem acompanhar ao meu gabinete eu tenho lá livros sobre tudo que ensino e faço-vos um desconto, como mais valia também tínhamos direito a um autógrafo! E para finalizar, uma outra professora de História de Portugal Contemporâneo, nas frequências obrigava-nos a deixar os casacos e sacos junto ao quadro e, em cima da mesa só podíamos ter o bilhete de identidade, então passava o tempo de mesa em mesa a ver o BI, para ver se apanhava os «copianços». Ah falta o melhor, como na altura em que andei por lá, podíamos escolher disciplinas alternativas, duas por cada ano, um ano decidi ir para Estética, porque me disseram que o professor era excepcional. E era de facto, entrava e sentava-se na secretária e as aulas eram passadas em provocações filosóficas, mas na «oficina» evidentemente que não faltavam textos de apoio, da matéria a estudar.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
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1 comentário:
tão bom quando temos o que lembrar...
seu texto me fez lembrar um professor de português que, uma vez inguirido por mim sobre o melhor uso das vírgulas, respondeu: vírgula existe sempre que se respira. na dúvida, ponha uma, pois, se não respirares morre e a frase não será escrita. rsrsrs
meu carinho,
anderson fabiano
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