«Do ponto de vista, daquilo que nunca veio, continua-se à espera do regresso. O comunismo sempre foi e permanecerá espectral: ele será sempre por vir e distingue-se, como a própria democracia, de todo o presente que vive como plenitude da presença, como totalidade de uma presença efectivamente idêntica a si própria. As sociedades capitalistas podem sempre libertar um suspiro de alívio e dizer: o comunismo acabou a partir da derrocada do totalitarismo do século XX, e não só acabou como não teve lugar, não foi mais longe que um fantasma. Elas só podem denegar isto, o próprio indenegável: um fantasma nunca morre, ele é sempre «por vir e re-vir».
«No momento em que alguns ousam neo-evangelizar em nome de uma democracia liberal finalmente consumada como o ideal da história humana, é necessário dizer bem alto: nunca a violência, a desigualdade, a exclusão, a fome e portanto a opressão económica afectaram tantos seres humanos, na história da terra e da humanidade».
Jacques Derrida
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