Nunca tive em boa conta os Óscares, escolha do grupo selecto da Academia, muitas falhas se foram registando, mas esta cerimónia tem sempre um lugar especial de apreço, porque é um espectáculo!
Este ano a colheita dos filmes escolhidos pela Academia para atribuição de Óscares foi fraca. Os mais badalados vêem-se bem, mas a história ficará por aí.
«O Artista» é um revivalismo, uma brincadeira a recordar outros tempos, com uma história fraca. «A Invenção de Hugo», é um Scorsese absolutamente atípico, um filme à parte do género que o celebrizou, ficará como uma fantasia de apologia ao cinema e a Georges Meliés, mas um filme menor!
«A Árvore da Vida», de Terence Mallick, gerou reacções opostas! «A Barreira Invisível», considerado e bem a sua obra-prima absoluta, perdeu o Óscar a favor de «Shakespeare Love»!
«Meia-Noite em Paris», foi um fenómeno de bilheteira, mas Woody Allen é «persona non» grata na Academia.
«Os Descendentes», é um filme muito fraco, com uma fórmula gasta, com personagens sem densidade, do realizador Alexander Payne, cujo melhor filme foi «As Confissões de Schmidt», que passou ao lado.
«Cavalo de Guerra», é um filme terno, infanto-juvenil, uma obra secundária de Spielberg.
«Extremamente Alto e Incrivelmente Perto», é o terceiro filme nomeado de Stephen Daldry, depois de «As Horas» e de «O Leitor», filmes muito bons. Estreou agora, ainda não vi, pouco sei do filme, tem a ver com o 11 de Setembro e puxa a lágrima!
«Money Ball» é um filme de baseball, passa ao lado da generalidade do público europeu, além disso é pouco empolgante, com uma dramaticidade desinteressante.
«As Serviçais» é um filme interessante e tem um enquadramento político que Hollywood tanto aprecia.
A única certeza e de todo consensual foi mesmo um Óscar de interpretação para Meryl Streep, uma das melhores artistas de todos os tempos.
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