«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sábado, 2 de novembro de 2013

Maria Antonieta

Maria Antonieta, dizia-se, perguntou durante um passeio que deu com seu cocheiro, por que razão toda aquela gente parecia tão desgraçada. "Majestade, não há pão para comer." (As más colheitas de 1789 haviam feito com que o preço do pão aumentasse de forma vertiginosa.) Ao que Maria Antonieta respondeu: "Se não têm pão, que comam brioches".
Anedota que exemplificava a altivez cínica e desarmante da Rainha, espalhou-se com a rapidez de um raio. O mais provável é que Maria Antonieta nunca tenha dito semelhantes palavras. Não obstante, na França de 1789, todos pensavam que este comentário cínico só podia ter saído da boca de Maria Antonieta. Por todo o país a rainha foi insultada em panfletos e obras de teatro, chegando mesmo a dizer-se que mantinha relações incestuosas com o filho.
Maria Antonia Josepha Johanna von Habsburg-Lothringen ou Marie Antoinette Josèphe Jeanne de Habsbourg-Lorraine) (Viena, 2 de Novembro de 1755 - Paris, 16 de Outubro de 1793) arquiduquesa da Áustria casou, com quatorze anos, com o então delfim de França (que subiria ao trono em maio de 1774 com o título de Luís XVI, numa tentativa de estreitar os laços entre os dois inimigos históricos.
Detestada pela corte francesa, onde era chamada L'Autre-chienne, Maria Antonieta também ganhou gradualmente a antipatia do povo, que a acusava de perdulária e promiscua e de influenciar o marido a favor dos interesses austríacos.
Depois da fuga de Varennes, Luís XVI foi deposto e a monarquia abolida em 21 de Setembro de 1792; a família real foi posteriormente presa na Torre do Templo. Nove meses após a execução de seu marido, Maria Antonieta foi julgada, condenada por traição, e guilhotinada em 16 de outubro de 1793.
Após sua morte, Maria Antonieta tornou-se parte da cultura popular e uma figura histórica importante, sendo o assunto de vários livros e filmes. Alguns académicos e estudiosos acreditam que ela tenha tido um comportamento frívolo e superficial, atribuindo-lhe o início da Revolução Francesa; no entanto, outros historiadores alegam que ela foi retratada injustamente e que as opiniões ao seu respeito deveriam ser mais simpáticas.

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