«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

domingo, 1 de novembro de 2009

CONCERTO


Abertura da ópera «Guilherme Tell » de Rossini
Sinfonia nº.15 de Chostakovitch
ONP - Maestro CHRISTOPH KÖNIG – CASA DA MÚSICA

Foi tocada a Abertura Guilherme Tell de Rossini, para mostrar que a Sinfonia 15, de Chostakovitch faz uma citação à mesma.
Guilherme Tell, levou a Suiça à independência e à liberdade dos Habsburgos. Guilherme Tell ao confrontar o rei foi castigado, teria que a 50 metros dar um tiro com a sua besta, acertando numa maça, que estava colocada em cima da cabeça do filho. Superou esta dura prova. Logo de seguida lutou triunfalmente para tirar o poder aos Habsburgos. Esta abertura é como uma cavalgada de triunfo e liberdade.
Chostokovitch, quando compôs a sua última sinfonia, já se encontrava muito doente e esta sinfonia é como que uma análise à sua vida. No 1º. Andamento aborda a sua infância, o quarto dos brinquedos mágicos e aí surge a citação à composição de Rossini. No 2º. Andamento já é adulto e nessa altura o acontecimento mais marcante da sua vida, foi a morte do pai e ouve-se um lânguido adágio. Segue-se o 3º. Andamento onde expressa toda a opressão que sofreu do regime Stalinista, que considerava a sua música burguesa e demasiado modernista. No 4º. Andamento devido à situação em que se encontra, faz uma citação à trilogia «O Anel dos Nibelungos» de Richard Wagner, precisamente com a frase musical do destino e depois de a música atingir um crescente dramático, cai uma penumbra que o leva novamente ao quarto dos brinquedos mágicos e à sua infância.


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