JOANA VASCONCELOS

A NOIVA

(Feito com tampões!...)

Para Joana o crochet é o símbolo de uma época em que as mulheres estavam presas à casa e às funções domésticas. Quando as mulheres se libertam, libertam-se também do crochet.

DOROTHY - uma maneira que Joana encontrou para falar na mulher contemporânea e na sua multiplicidade de trabalho, os tachos que não a largam e o momento em que se tem que apresentar com glamour. Joana diz:« há hoje um grau de exigência em relação à mulher como nunca houve!...»

Este sapato é feito com tachos e tampas dos mesmos.

A representação de uma jóia bem portuguesa, feita com 5 mil colheres de plástico.

Li uma entrevista sobre esta artista, que já é considerada um nome incontornável da arte contemporânea portuguesa, também é conhecida e tem apresentado os seus trabalhos em vários países: Brasil, França, Estados Unidos, Áustria, Espanha, Noruega. Esteve por duas vezes representada na Bienal de Veneza, levada por espanhóis e franceses, não por portugueses, o que não é nada de admirar!

Da sua formação, na A.R.C.O e no IADE, fez sete anos de joalharia e seis de desenho, mas a artista disse que nunca foi nenhuma criança dotada, nem teve grandes notas, o mais importante na sua carreira, foi procurar, descobrir, tentar, falhar, acertar...até chegar ao que é hoje.

Tem apresentado trabalhos insólitos e muito imaginativos. As suas últimas aventuras são: Uma colcha de crochet para a Ponte de D. Luis e um colar de bóias náuticas para a Torre de Belém.

Joana Vasconcelos no seu trabalho introduz sempre a crítica social e a mulher é um tema recorrente do seu trabalho, mas não se considera uma feminista, porque considera as mulheres as maiores machistas e são elas que permitem que o machismo continue. Está contra as quotas, considera que homens e mulheres, devem chegar a certos lugares, impondo a sua capacidade.