«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sábado, 5 de julho de 2008

SOCIÓLOGA TERESA MEDINA


Tenho o grato prazer de conhecer a socióloga Teresa Medina e retiro de «notíciasmagazine» o artigo que escreveu sobre a directiva europeia, relativamente ao aumento da semana de trabalho.

«Esta directivas contrariam claramente uma tendência histórica, iniciada nos finais do século XIX, em consequência da persistência e da luta dos trabalhadores e movimentos operários, que já no dia 1 de Maio de 1886, nos Estados Unidos, iniciaram uma greve geral exigindo a redução da jornada de trabalho, para as oito horas diárias. As extenuantes jornadas de trabalho de 16 ou 18 horas, sem qualquer descanso semanal ou férias, do início da Revolução Industrial, até à situação actual, da semana de trabalho de 35/40 horas em vigor na maioria dos países europeus, constitui uma das maiores conquistas sociais do último século».
Estas medidas visavam que os trabalhadores tivessem tempo para a família, a cultura, o lazer e o descanso, consequentemente um melhor nível de vida. Isto, noutros documentos, também é defendido pela Comissão Europeia, mas de facto o que tem acontecido é o agravamento das condições de trabalho e a uma perda crescente de direitos há muito consagrados.
A Comissão Europeia argumenta que é uma vantagem para os trabalhadores, optarem «livremente» por jornadas de trabalho mais prolongado! Teresa Medina diz e muito bem: «de que liberdade estamos a falar quando todos conhecemos as crescentes taxas de desemprego, a precarização das relações laborais, a persistência das políticas de baixos salários, com a consequente perda de poder de compra e o aumento das desigualdades sociais?»
Teresa Medina termina o artigo dizendo: «a entrar em vigor, estaríamos perante um retrocesso civilizacional que nos poderia conduzir às condições de trabalho e de exploração do século XIX, com consequências gravissimas para a humanidade....»

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