«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

domingo, 11 de outubro de 2009

COWBOYS

Dois filmes, que são de Cowboys, porque têm comboys, mas também vidas e sobretudo vidas. São os dois excelentes filmes, O Segredo de Brokeback Montain e Inforgiven, detentores de prémios da Academia de Hollywood. Casos esporádicos, de um género que se foi esgotando, de tanta maciça produção, das «cobóiadas» a malhar nos índios.


O chamado cinema western, também popularizado sob o termo "filmes de cowboys", foi um género clássico do cinema norte-americano (ainda que outros países tenham produzido westerns, como aconteceu em Itália, com os seus western spaghetti). O termo inglês western significa "ocidental" e refere-se à fronteira do Oeste norte-americano durante a colonização. Esta região era também chamada de far west. Os westerns que vêm à memória da maioria dos cinéfilos são da sua época áurea: os filmes de John Ford, Howard Hawks, entre outros nomes cimeiros do cinema.
Características principais:
Os westerns, foram definidos pelo crítico francês André Bazin como o "cinema americano por excelência", no seu livro, O que é o cinema? O cenário dos westerns é o Oeste , a partir da linha do Mississippi, desde o período que precede a Guerra Civil Americana até ao virar do século XX. Alguns destes filmes incorporam cenas passadas ou relacionadas com a Guerra Civil Americana, mas de forma rara ou mesmo secundária, já que o oeste não se envolveu na guerra com a mesma intensidade que o leste. É o tempo da ocupação de terras; do estabelecimento de grandes propriedades dedicadas à criação de gado; das lutas com os índios e da sua segregação; das corridas ao ouro na Califórnia; da demanda das terras prometidas e da guerra no Texas.

A imagem típica de um cowboy é o cowboy solitário (rigorosamente, nem os deveríamos chamar de cowboys, porque nem sempre são criadores de gado, sendo frequentemente pistoleiros, aventureiros, jogadores, xerifes ou simplesmente, vadios) que vagueia de cidade para cidade, possuindo apenas a roupa que traz no corpo, um revólver e às vezes um cavalo. O exemplo clássico do pistoleiro solitário é Shane.
As cidades são compostas, geralmente, de uma avenida principal onde se destacam o saloon (local de jogatina, álcool e, eventualmente, prostituição) e a cadeia, onde reside o xerife. A lei são as armas. Assim, o telégrafo (constantemente vandalizado por grupos de bandidos ou pelos índios), a locomotiva, e mesmo a imprensa aparecem como elementos que prenunciam a chegada da civilização e da ordem. As perseguições e os confrontos físicos dramáticos, os duelos, são as técnicas mais utilizadas para ressaltar o ingrediente básico da ideia de perigo eminente, numa sociedade onde os riscos se sucedem diariamente e, onde a violência parece ser a única forma de garantir a segurança.
A ideia de viagem é uma constante: os vaqueiros atravessam longas extensões de território com o gado; as diligências cortam as estradas ermas, parando em algumas parcas estalagens; as caravanas percorrem as planícies inóspitas e, às vezes, há um forte a marcar a presença militar dos colonizadores.
Em termos narrativos, as histórias costumam ser lineares, sem grandes enredos, com uma moralidade bem definida, OS BONS E OS MAUS. O western, inclui em si vários sub-géneros, como o western épico, o chamado "shoot 'em up", os musicais, o drama, a tragédia e mesmo, algumas comédias e paródias. Os elementos básicos do western clássico foram depois repensados, criticados e postos em causa por filmes que podem ser considerados como fazendo parte do western revisionista. Os westerns "revisionistas" pretenderam, depois, tratar de forma mais benévola o papel dos povos indígenas, passando estes a tomar o lugar de "bons da fita".















Todos os actores de uma certa época fizeram os seus filmes de cowboys, Clint Eastwood, Cary Cooper, James Stewart..., mas o rosto que sempre se associa a este género, é sem dúvida John Wayne.

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