A origem dos «blues» sempre esteve profundamente ligada à cultura afro-americana, especialmente no sul dos Estados Unidos (Alabama, Mississipi, Louisiana e Geórgia), onde havia os escravos e as plantações de algodão. Aí o canto, posteriormente definido como "blues", era usado para embalar as suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho. São evidentes tanto em seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto na simplicidade das suas poesias, que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como: religião, amor, sexo, traição e trabalho. O conceito de "blues" só se tornou conhecido após o fim da Guerra Civil, quando a sua essência passou a ser como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Era um modo mais pessoal e melancólico de expressar seus sofrimentos, angústias e tristezas. A cena, que acabou por tornar-se típica nas plantações do delta do Mississippi, era a legião de negros, trabalhando de forma desgastante, sobre o embalo dos cantos, os "blues".
O «blues» é uma forma musical vocal e/ou instrumental, que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas de escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva. O blues tem exercido grande influência na música popular ocidental, definindo e influenciando o surgimento da maioria dos estilos musicais como o ragtime, jazz, rhythm and blues, rock and roll e música country, além de ska-rocksteady, soul music e influenciando também a música pop convencional e até a música clássica moderna.
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