«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

CONFISSÕES DE UMA MÁSCARA - DE YUKIO MISHIMA (1925-1970)

(Mishima, fez uma simulação, do harakiri, a forma como exactamente queria morrer)

Mishima foi novelista, dramaturgo, romancista e actor, mas não teve uma vida fácil.
Foi separado dos pais em criança e entregue a uma avó aristocrata, que o isolava de qualquer convívio, o que motivou na criança um trauma. Essa pode ser a causa do interesse de Mishima pelo kabuki – obsessão pelo tema da morte.
Aos 12 anos, voltou a viver com os pais, mas o pai era uma pessoa muito exigente e não lhe deu qualquer apoio, para seguir a via literária, obrigando-o a tirar um curso de Direito. Mishima começou a trabalhar até convencer o pai da sua vocação. O pai acabou por aceitar, com a condição, de ele ser o melhor escritor do Japão.
O seu primeiro livro, considerado uma obra-prima, foi: «Confissões de uma Máscara», uma história autobiográfica de um homossexual, que precisa de se esconder atrás de uma máscara, por causa da sociedade.
Depois alistou-se no Exército de Auto-Defesa, aprendendo artes marciais. Casou e teve dois filhos.
Em 1970 formou um grupo, para convencer os soldados a restituir ao imperador todos os seus poderes, ele lutava contra a descaracterização da milenar civilização nipónica. Não conseguiu e praticou o harakiri (seppuku). O amante devia dar o golpe final, mas falhou e outro teve, que o substituir. Segundo o seu biógrafo, Mishima teria criado este quadro, como pretexto, para o suicídio ritual, com o qual sempre sonhou.
Mishima escreveu cerca de vinte e tal livros, mas «CONFISSÕES DE UMA MÁSCARA» é a sua obra mais conhecida.

Sem comentários: