«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

domingo, 24 de agosto de 2008

FRANZ KAFKA (1883-1924) - METAMORFOSE


Kafka é um dos mais importantes escritores de língua alemã do século XX. Cresceu sob a influência de três culturas: judaica, checa e alemã.
Formou-se em Direito e trabalhou como advogado, mas paralelamente escrevia. Teve vários casos amorosos, mas todos mal resolvidos, não chegando a casar. Escolheu o amigo Max Brod, para depois da sua morte, destruir toda a sua obra, mas o amigo não cumpriu e a sua obra foi publicada postumamente.
Kafka morreu num sanatório, sofria de tuberculose, embora a causa da sua morte tivesse sido insuficiência cardíaca. Tinha 41 anos.
Os seus livros mais conhecidos são: A METAMORFOSE, O PROCESSO e O CASTELO, que retratam indivíduos preocupados com o pesadelo do mundo impessoal e burocrático.
Tinha um estilo muito pessoal e complexo, foi modernista, existencialista, surrealista e percursor do realismo mágico, mas se dissermos estilo kafkaniano, está tudo dito. Criou o seu próprio estilo, muito de acordo com a sua personalidade e com a sua forma de sentir o exterior.
Escreve de forma imparcial, pormenorizado, abordando temas de alienação e perseguição. As suas personagens sofrem de conflitos existenciais, não sabem que rumo onde tomar, quais objectivos da sua vida. Questionam a vida e consideravam-se vítimas de algo e de que tudo estava contra eles, sem saber o quê e porquê. A solidão é uma fuga.
Kafka, desta forma expõe os seus medos, a sua angústia existencial e a sua solidão.

Aprecio especialmente o seu livro, METAMORFOSE, o caso de um homem que acorda transformado num gigantesco insecto. Os pais sentem repulsa, só a irmã lhe leva alimentos, até ficar também em estado de repulsa. Até aí ele era o sustento da família, a partir daí o pai e a irmã passam a trabalhar. É uma história de alerta à sociedade e aos comportamentos humanos. Kafka retrata o desespero do homem perante o absurdo do mundo.

Sem comentários: