«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

HÁ 70 ANOS MORRIA FREUD


Sigmund Freud morreu, devido a um cancro, no dia 23 de Setembro de 1939. Era judeu e refugiara-se em Londres devido ao nazismo. Setenta anos depois, o médico que sentava os doentes no divã, para lhes ouvir os segredos, continua a dar que pensar, embora sejam discutíveis as suas teses.
No primeiro dia de Setembro de 1939, quando o mundo entrou na II Guerra Mundial, Sigmund Freud o velho cientista, ouviu pela rádio a notícia da invasão nazi da Polónia e as palavras do jornalista, que informava o início da "última de todas as guerras". Freud corrigiu, amargo, o erro: "Da minha última guerra." Três semanas depois, a 23 de Setembro, morreu Freud, o pai da psicanálise. Depois da Alemanha de Hitler ter ocupado a Áustria, o judeu, então com 83 anos, deixou para trás o seu célebre consultório em Viena com a mulher, Marta, e a filha preferida, Ana, para "morrer em liberdade".
Freud era um obcecado com a morte. Além de acreditar que a mesma serviu de pretexto à invenção da religião, ele encarava o fim da vida como missão digna de admiração.
Essa ideia, junto com a de que os seres humanos são dominados pelo desejo sexual, foi uma das que levaram muitos a considerá-lo um louco.

Freud nasceu em 1856 de uma família judaica da Morávia e desde cedo sentiu-se um prodígio. Em 1873, entrou na Universidade de Viena para estudar medicina. Não estava interessado em curar pessoas, mas em compreender os mistérios da natureza - curiosidade que o levou às fronteiras da mente.
Freud criou a psicanálise quando já tinha 40 anos. Mas muito antes disso, começou a levar os sonhos a sério. O austríaco que deitava os doentes no divã, para lhes interpretar os desejos mais secretos acreditava que os sonhos - como antes a hipnose - abriam a porta do inconsciente - a parte submersa da mente, a metáfora do icebergue.
Hoje, como no seu tempo, Freud é amado por uns e desprezado por outros. Mas a sua influência é indiscutível, e ele sabia-o.

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