José Gil, nasceu em Moçambique em 1939 e é professor universitário, filósofo e ensaísta. Os seus trabalhos estão escritos em língua francesa e portuguesa. Estudou em França, nomeadamente com o filósofo Gilles Deleuze. Completou o 1º. ano do curso de Ciências Matemáticas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e partiu para Paris. Licenciou-se em Filosofia na Sorbonne, tendo obtido também nessa Faculdade a maîtrise de Philosophie. Em 1982 obteve o doctorat d´Etat de Philosophie com a tese Le Corps comme Champ du Pouvoir. Entre 1965 e 1973 leccionou Filosofia no Liceu Misto de Pontoise (França), ao que se seguiram as funções de coordenador do departamento de Psicanálise e Filosofia da Universidade de Paris VIII, a partir de 1974. Paralelamente exerceu a actividade de tradutor de documentos científicos no Centre for Educational Research and Innovation da O.C.D.E. . Em 1976 regressou a Portugal, tendo assumido o cargo de adjunto do secretário de Estado do Ensino Superior e da Investigação Científica no VI Governo Provisório. Em 1981 iniciou funções docentes, como professor auxiliar convidado, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde é actualmente professor catedrático. Exerceu docência noutras universidades, das quais se referem o Collège International de Philosophie, em Paris, e a New School for Dance Development, em Amesterdão. Tem vasto trabalho científico publicado em revistas especializadas e enciclopédias, nacionais e estrangeiras. Dirige, desde 1996, a Colecção de Filosofia da editora Relógio d´Água. É membro de diversas organizações, nomeadamente o Gabinete de Filosofia do Conhecimento e o Cercle Culturel Senastianu Costa (França).
«Retomando a temática original de Deleuze, a da fenomenologia, José Gil escolherá como núcleo da sua reflexão o corpo, colocando-o como instância enquanto transcendental.» A revista francesa Le Nouvel Observateur, em número especial comemorativo do seu 40º. aniversário (Jan. de 2005), considerou-o um dos «25 grands penseurs du monde entier».
Até há pouco tempo, José Gil era um homem que se mantinha afastado do conhecimento geral da sociedade portuguesa, contudo, hoje é um dos filósofos mais conhecidos. Este grande «boom» deve-se ao lançamento do seu livro – “PORTUGAL HOJE, o medo de existir” . Este polémico livro denuncia os factores que nos levam, e levaram, ao visível atraso geral de toda a nossa nação, que se observa através duma falta de cultura e duma falta de ideias próprias. É o mal nacional! Entre os temas mencionados por José Gil, podemos referir a televisão, a “não-inscrição”, o medo, a inveja, o queixume e a conformidade, etc. Muitas vezes culpamos o antigo regime ditatorial Salazarista da situação em que vivemos, do “medo de existir”, mas se reflectirmos bem vemos que existem outros países com acontecimentos semelhantes e que não vivem com o tal receio de ter uma identidade na sociedade em que estamos inseridos. Dizemos então que existe alguma superficialidade aquando das explicações mais elaboradas e que se cede em demasia à tentação de dar todas as explicações no contexto da psicologia. Agitando as consciências, fazendo pensar que se algo está mal é necessário procurar uma solução eficaz, José Gil responsabiliza a mediatização de enevoar a sociedade portuguesa, não permitindo observar e compreender os acontecimentos com clareza. Assim sendo, o espaço mediático torna-nos um pouco indiferentes com o que nos rodeia e fomenta o fenómeno da “não-inscrição”. A “não-inscrição” é a acção de que tudo o que acontece, não transforma o real nem tem uma sequência e evapora-se, não tendo efeito no futuro. Com isto, dizemos que as coisas passam-nos de uma forma superficial, tornando-nos indiferentes e conformados, sentindo que nada podemos fazer. Então, é necessário um espaço público, livre e independente, onde as pessoas possam discutir e debater tudo o que seja do seu interesse, criando assim as cidades inteligentes. Portugal não é uma cidade inteligente porque a grande parte dos indivíduos dá grande, ou total, importância e atenção ao que apenas se passa no espaço mediático. Com tudo isto, diz-se que as pessoas que não se consciencializam e que se conformam com situação actual revêm-se no pequeno, vivem no pequeno, abrigam-se e reconfortam-se no pequeno à base de pequenos prazeres e amores, pequenas ideias e pensamentos e diminutas mentalidades.
Até há pouco tempo, José Gil era um homem que se mantinha afastado do conhecimento geral da sociedade portuguesa, contudo, hoje é um dos filósofos mais conhecidos. Este grande «boom» deve-se ao lançamento do seu livro – “PORTUGAL HOJE, o medo de existir” . Este polémico livro denuncia os factores que nos levam, e levaram, ao visível atraso geral de toda a nossa nação, que se observa através duma falta de cultura e duma falta de ideias próprias. É o mal nacional! Entre os temas mencionados por José Gil, podemos referir a televisão, a “não-inscrição”, o medo, a inveja, o queixume e a conformidade, etc. Muitas vezes culpamos o antigo regime ditatorial Salazarista da situação em que vivemos, do “medo de existir”, mas se reflectirmos bem vemos que existem outros países com acontecimentos semelhantes e que não vivem com o tal receio de ter uma identidade na sociedade em que estamos inseridos. Dizemos então que existe alguma superficialidade aquando das explicações mais elaboradas e que se cede em demasia à tentação de dar todas as explicações no contexto da psicologia. Agitando as consciências, fazendo pensar que se algo está mal é necessário procurar uma solução eficaz, José Gil responsabiliza a mediatização de enevoar a sociedade portuguesa, não permitindo observar e compreender os acontecimentos com clareza. Assim sendo, o espaço mediático torna-nos um pouco indiferentes com o que nos rodeia e fomenta o fenómeno da “não-inscrição”. A “não-inscrição” é a acção de que tudo o que acontece, não transforma o real nem tem uma sequência e evapora-se, não tendo efeito no futuro. Com isto, dizemos que as coisas passam-nos de uma forma superficial, tornando-nos indiferentes e conformados, sentindo que nada podemos fazer. Então, é necessário um espaço público, livre e independente, onde as pessoas possam discutir e debater tudo o que seja do seu interesse, criando assim as cidades inteligentes. Portugal não é uma cidade inteligente porque a grande parte dos indivíduos dá grande, ou total, importância e atenção ao que apenas se passa no espaço mediático. Com tudo isto, diz-se que as pessoas que não se consciencializam e que se conformam com situação actual revêm-se no pequeno, vivem no pequeno, abrigam-se e reconfortam-se no pequeno à base de pequenos prazeres e amores, pequenas ideias e pensamentos e diminutas mentalidades.
José Gil, tem um novo livro, intitulado «EM BUSCA DA IDENTIDADE - O DESNORTE». Sobre este livro, li uma pequena entrevista do autor, na revista LER. José Gil diz, que os sinais são preocupantes: a humilhação dos professores, a reactivação do medo, a política de modernização «imposta a martelo», o «chico-espertismo» de José Sócrates, a «doce paranóia» em que vivemos. TEMOS QUE PODER DISSOLVER A IDENTIDADE E RETOMÁ-LA».
PARECE-ME UM LIVRO BASTANTE PERTINENTE, ACONSELHÁVEL A LER.
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