«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ERIC SATIE (1866-1925)



Eric Alfred Leslie Satie, nasceu na região da Normandia, em França. Com a morte da mãe foi com o pai para Paris e foi criado pelo seu tio boémio, Adrien Satie.
Com 14 anos ingressou no Conservatório de Paris, onde foi depreciado pelos professores, sendo considerado medíocre, preguiçoso, imprestável e sem o menor senso de ridículo.
Tornou-se pianista no Chat Noir e no Auberge du Clou onde conheceu Debussy. Com quase 40 anos, surpreendeu todos, quando resolveu voltar a estudar. Em 1905 ingressou na Schola Cantorum de Paris e estudou contraponto e orquestração com Vincent d'Indy e Albert Roussel.

Era excêntrico e irreverente. Além de compor, Satie também gostava de escrever, prosa e poesia e de fazer caricaturas, inclusive dele mesmo. Seus escritos autobiográficos, Mémoires d'um Amnésique, fizeram sucesso. Seu único amor foi a vizinha pintora e modelo dos pintores Renoir e Degas, Suzanne Valadon. O romance, durou seis meses, Satie pediu-a em casamento logo no primeiro dia, mas ela casou com outro.
Foi o inventor da música ambiente, que ele chamava de musique d'ameublement. A música usada como uma mobília, para preencher o ambiente. Segundo ele, era uma música que fazia parte dos ruídos naturais, sem se impor, anulando os estranhos silêncios que ocasionalmente caíam sobre os convidados. Mas a sua música não funcionava porque as pessoas insistiam em ficar quietas prestando atenção ao seu desempenho. Na época a sua ideia pareceu uma piada. Foi também um dos precursores do minimalismo, abolindo as estruturas complexas e sofisticadas, com absoluto despojamento e simplicidade da forma. Foi mentor do grupo chamado, Les Six, uma banda de vanguarda que reagiu contra a influência do romantismo e do impressionismo na música. Esse grupo era composto por Darius Milhaud, Arthur Honegger, Francis Poulenc, Georges Auric, Louis Durey e Germaine Tailleferre, e tinha a supervisão de Jean Cocteau.
Ele e Picasso foram grandes amigos. Picasso disse que Satie foi uma das influências mais importantes na sua vida. Em 1917 os dois trabalharam juntos no Ballet Parade, para o Balet russo de Diaghilev. Satie compôs a música, inovadora e original, na qual incorporou sons de máquina de escrever, sirene e tiros de pistola, e que foi objecto de escândalo. Picasso cuidou do cenário e do vestuário. E Jean Cocteau escreveu o argumento. Foi onde apareceu pela primeira vez o termo surrealismo, usado por Appolinaire sobre o Parade, para descrever uma criação artística que explora o mundo dos sonhos e do subconsciente. O Movimento surrealista chegou mais tarde. Sastie, escreveu Sócrates, drama sinfónico para quatro sopranos e pequena orquestra, com textos de Platão. A sua obra-prima que marcou a sua mudança de estilo e género.
A música de Satie foi na altura apreciada por poucos e desprezada pela maioria dos compositores e críticos musicais, mas tornou-se cult entre os jovens compositores, que eram atraídos pelos títulos bem-humorados de suas peças, e exerceu grande influência nos seus amigos, os notáveis contemporâneos, Debussy e Ravel, mudando assim o curso da história da música. Foi inovador por ter criado o Ragtime, estilo de pré-jazz, com as suas estruturas minimalistas.
Após anos de bebedeira, morreu de cirrose.

(Wikipedia)

1 comentário:

Anónimo disse...

Por favor, sabe me dizer a autoria da tela da deusa Clio?
Grata,
mpmanini@uol.com.br