«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

MARGUERITE (DONNADIEU) DURAS (1914-1996)

[NOVELISTA, GUIONISTA E DIRECTORA DE CINEMA]

Marguerite nasceu, passou a infância e a adolescência na Indochina Francesa. Depois foi estudar para França: Direito, Matemáticas e Ciências Políticas. Entre 1935 e 1941, trabalhou como secretária no Ministério das Colónias. Em 1939 tinha casado com Robert Antelme, de quem teve um filho que morreu em 1942. Nesse mesmo ano conheceu Dionys Mascolo e tornou-se sua amante.
Na Segunda Guerra, fez parte da Resistência Francesa, conseguiu escapar, mas o marido foi para o Campo de Concentração de Dachau. Foi militante do Partido Comunista, até ser expulsa em 1955.
Quando o marido foi libertado do campo de concentração vinha muito doente e Duras, que já pretendia o divórcio ficou com ele, para lhe dar assistência. Retratou esta fase no livro «A Dor».
Em 1946 divorciou-se e dedicou-se mais à escrita e ao cinema. Os seus primeiros livros reflectem a sua vida na Indochina, nos seguintes enveredou pelo «nouveau roman» e o existencialismo. Escreveu de forma sintética e os seus temas são: a angústia e o desejo das pessoas escaparem à solidão.
O sucesso chegou com o seu livro «O Amante» (1984), que ganhou o Prémio Goncourt e foi conhecido internacionalmente, traduzido em 40 idiomas.
Além de escrever, dirigiu vários filmes (19), entre eles, «Índia Song» e «As Crianças».
A vida de Duras foi como uma novela: a destruição do amor, a alienação social, são temas constantes na sua obra. Teve uma vida atormentada, de álcool, depressão, palavras e silêncios e também de grandes desejos. Uma pessoa marcante na sua vida foi a mãe. A falta de amor materno marcou toda a sua vida e a sua personalidade. Morreu de cancro com 81 anos.
Livros que li, de um total de cerca de meia centena:
-O Amante;
-Outside;
-Emily L.
Filmes que vi:
-Hiroshima, mon amour;
-Indía Song;
-O Amante.
Não foi das escritoras que mais publicou em Portugal, do mesmo modo se pode dizer dos filmes, a maioria não chegou cá. No meu conhecimento desta escritora, conta muito as entrevistas que deu, assim como os documentários televisivos.

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