«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

MURALHA DA CHINA


A Muralha da China, ou Grande Muralha, é uma impressionante estrutura de arquitectura militar construída durante a China Imperial.
Embora seja comum a ideia de que se trata de uma única estrutura, na realidade consiste em diversas muralhas, construídas por várias dinastias ao longo de cerca de dois milénios. Se, no passado, a sua função foi essencialmente defensiva, no presente constitui um símbolo da China e uma procurada atracção turística.
A muralha começou a ser erguida por volta de 220 a.C. por determinação do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang. Com aproximadamente três mil quilómetros de extensão à época, a sua função era a de conter as constantes invasões dos povos ao Norte.
Com a morte do imperador Ch'in, iniciou-se na China um período de agitações políticas e de revoltas, durante o qual os trabalhos na Grande Muralha ficaram paralisados. Com a ascensão da Dinastia Han ao poder, por volta de 205 a.C., reiniciou-se o crescimento chinês e os trabalhos na muralha foram retomados ao longo dos séculos até ao seu esplendor na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu as actuais feições e uma extensão de cerca de sete mil quilómetros.
Além dos muros, em posição dominante sobre os terrenos, a muralha compreende ainda elementos como portas, torres de vigilância e fortes. As torres, cujo número é estimado por alguns autores em cerca de quarenta mil, permitiam a observação da aproximação e movimentação do inimigo. As sentinelas que as guarneciam serviam-se de um sistema de comunicações, que empregava bandeiras coloridas, sinais de fumaça e fogos. De planta quadrada, atingiam até dez metros de altura, divididas internamente. No pavimento inferior podiam ser encontrados alojamentos para os soldados, estábulos para os animais e depósitos de armas e suprimentos. Os fortes guarneciam posições estratégicas. Eram dotados de escadas para a infantaria e de rampas para a cavalaria, funcionando como bases de operação. A magnitude da obra, entretanto, não impediu as incursões de mongóis, xiambeis e outros povos que ameaçaram o império chinês ao longo de sua história. Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonada.
No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping considerou a Grande Muralha como símbolo da China, deliberando uma grande campanha de restauração.

1 comentário:

Projeto Guardiões disse...

Parabéns!
Achei este Blog simplesmente maravilhoso!