«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

EDUARDO LOURENÇO (1923-)

Recentemente, o ensaísta, professor universitário, filósofo, intelectual e intérprete maior das questões da cultura portuguesa e universal, Eduardo Lourenço, recebeu a medalha de Mérito Cultural, distinção acumulada à Ordem de Santiago de Espada, ao Prémio de Ensaio Charles Veillon, ao Prémio Camões e ao Prémio Virgílio Ferreira.
É uma personalidade, que eu admiro bastante e sempre leio muito atentamente.

Eduardo Lourenço, nasceu numa aldeia (São Pedro do Rio Seco) e a sua família era muito conservadora. Começou por ir estudar para o Colégio Militar e depois foi para Coimbra, onde tirou o curso de Ciências Histórico-Filosóficas e ficou em Coimbra como professor assistente de Filosofia. Nessa altura publicou o seu primeiro livro «Heterodoxia».
Depois foi professor em Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, Baía e em 1960 radicou-se em França, dando aulas na Universidade de Grenoble e Nice. Foi também adido cultural em Roma.

Influências marcantes de Eduardo Lourenço foram: Husserl, Kierkegaard, Nietzsche, Heidegger, Sartre, no campo da filosofia e Dostoievsky, Kafka, Albert Camus, no campo da literatura. Foi associado ao «existencialismo», por volta dos anos 50, quando colaborou na «Árvore» e se tornou amigo do escritor, Virgilio Ferreira. Nunca se prendeu, no entanto, a qualquer escola de pensamento. Favorável a ideias de esquerda, é também muito critico relativamente à mesma.

Crítico e ensaísta literário virado para a poesia e para Fernando Pessoa, assinou ensaios polémicos, como: Presença ou a Contra-Revolução do Modernismo Português? e Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista. Escreveu também: Pessoa Revisitado e Fernando - Rei da Nossa Baviera, além de outros livros.

---------------------------------------------------------------------------
Sinto bastantes afinidades, pela influência filosófica (EXISTENCIALISMO) e literária, pelo interesse em Fernando Pessoa e por uma esquerda, que deve se alvo constante de críticas.

Sem comentários: