sábado, 18 de outubro de 2008
TARDE DE SÁBADO [PARQUE DA CIDADE - FOZ]
Quando não estou de boa disposição, há sempre um passeio recorrente, atravessar o Parque da Cidade, porque é preciso arejar, ver gente e ir até à beira-mar. Pelo caminho observo as pessoas: correm, andam a um certo ritmo, passam de bicicleta, brincam com as crianças ou com os animais, há pessoas faladoras, outras que mesmo acompanhadas passam em silêncio, há também quem jogue à bola ou faça ginástica. Chegado ao mar avistam-se logo os surfistas, gente que ainda vai para a praia, os eternos pescadores de pouca coisa e também gente que passa a pé ou de bicicleta. Na esplanada há gente que toma um café, uma bebida e olha o mar, embalados pela música, mas há gente que se concentra num jornal, numa revista, num livro ou a conversar com o parceiro ou os parceiros. Nos jardins da avenida, os miúdos brincam, os cães brincam, as pessoas passam a pé ou de bicicleta, num passo coordenado ou a correr e há os patinadores. Vou ao paredão e lá estão mais pescadores de sacas vazias a discutir futebol e de lá vê-se as muitas esplanadas da Foz, cheias de gente, espreguiçando, face a um sol, que ainda aquece.
Pronto já respirei o ar, já vi gente, vou para a toca, o vento também já me pôs o cabelo num «sarilho». Comigo também andou no meu pensamento, os afectos, as decisões e indecisões, os projectos e a realidade, os preconceitos de um filme que ontem vi, a eminente morte de uma pessoa indirecta, mas que faz sofrer uma amiga minha e cuja morte inevitável foi diagnosticada, como a «doença das vacas loucas» e mais, muito mais, porque o pensamento tem imensos caminhos por onde andar!...
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