Filme realizado pelo dinamarquês, CARL DREYER, em 1943. Este filme impressiona pela sua beleza estética, pela «luz» da pintura flamenga de Van Dyck a Rembrandt, pelo aspecto formal, pela direcção de actores. Deste realizador já tinha visto há uns anos: A PALAVRA e GERTRUD, são filmes penetrantes e inesquecíveis.
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O argumento do filme está bem delineado, mas logo de início tudo é previsível. No começo há um episódio, que parece isolado, mas tem ligação com o filme. Uma velha é denunciada como bruxa, julgada por Abasalon e outros religiosos luteranos. É condenada à fogueira, embora esta peça a Abasalon que a poupe, como fez á mãe da sua segunda mulher. Como Abasalon não perdoa, ela deseja-lhe uma morte breve.
Abasalon é casado com Anne, uma mulher muito mais nova que ele, um casamento feito sem qualquer intervenção de Anne. Com a chegada de Martin, filho de Abasalon e da sua primeira mulher, a tragédia vai acontecer, com a paixão de Anne e Martin. Enquanto Anne vive a paixão na sua plenitude (a mulher era vista como a fraca a emocional) Martin embora apaixonado vive com o sentimento de culpa (o homem era o cerebral, o responsável). O desejo de Anne se unir a Martin é tão intenso, que deseja a morte de Abasalon. Contra ela também tem a mãe de Abasalon, uma mulher conservadora e que tem pelo filho um amor quase incestuoso. Desesperada Anne conta ao marido, o que se passa entre ela e o filho e o desejo que tem da sua morte, porque nunca o tinha amado. Absalon siderado com esta revelação, morre. Depois do funeral, a sogra acusa Anne de bruxa, à Santa Inquisição, de a mesma ter pactos com o diabo, não só pela morte do filho, como também pela forma como seduziu Martin. Anne morre na fogueira.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
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