José Maria de Eça de Queiroz, nasceu na Póvoa do Varzim, mas passou os seus primeiros meses em Vila do Conde. Era filho de José Maria Teixeira Queiroz e mãe incógnita. A mãe era Carolina Augusta Pereira d'Eça, que não obteve autorização da mãe (viúva), para casar. Só casou, quando a mesma morreu, tinha José Maria 4 anos.
José Maria foi criado com uma ama, depois foi estudar para o Colégio da Lapa no Porto e a seguir foi para Coimbra, onde tirou o curso de Direito.
Antes de começar a trabalhar foi fazer uma viagem ao Egipto, que o inspirou para escrever: «O Mistério da Estrada de Sintra» e «A Relíquia». Conviveu com os intelectuais da época, como Antero de Quental e participou nas célebres, «Conferências do Casino».
Começou a trabalhar em Leiria, como administrador municipal, tendo nessa altura começado a escrever o livro «O Crime do Padre Amaro». Depois enveredou pela diplomacia, tendo sido cônsul em Newcastle e Bristol na Inglaterra, em Havana e por fim em Paris. Entretanto foi escrevendo vários livros, que foram traduzidos em várias línguas.
Morreu em Paris em 1900.
Eça de Queiroz é por muitos, considerado o melhor escritor realista Português, do século XIX. Camilo Castelo Branco parodiava o realismo, mas não deixou de o seguir. Outros nomes que optaram pelo realismo foram: Trindade Coelho e Fialho de Almeida.
REALISMO - descrever, analisar e criticar a realidade, obviamente uma definição sintética.
Li vários livros de Eça: O Crime do Padre Amaro, A Relíquia, O Primo Basílio, Os Maias e A Cidade e as Serras.
Os livros de que mais gostei: Os Maias, O crime do Padre Amaro e A Cidade e as Serras.
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Isto bem a propósito do livro que ando a ler, «O Primo Basílio», que já tinha lido há uns anos e por acaso veio ter-me às mãos, quando uma amiga o resolveu pôr de lado, juntamente com outros livros, para se desfazer deles. Que coragem deitar livros fora!
O livro, que obviamente está muito bem escrito, o que hoje nem sempre acontece, tem-me divertido bastante, pela sociedade e mentalidade que Eça descreve, de uma época onde naturalmente se vivia e se pensava muito diferentemente de hoje, apesar de certos extractos mais conservadores e religiosos, ainda mostrarem essas facetas. O tema é um adultério e Eça é perspicaz, na forma como escalpeliza essa situação em todas as suas «nuances»: as empregadas, os vizinhos, a família, os amigos, a sociedade em geral. À mulher que pratica o adultério, só há três caminhos: a morte, o convento, a rua e a miséria total. Há certas expressões, que realmente têm imensa piada, certa forma de viver, certa forma de pensar.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
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