«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

CESARE PAVESE (1908-1950)



Nascido em 1908 em Langhe (Itália), foi um dos mais proeminentes vultos da literatura e crítica literária italiana do pós-guerra e também um dos responsáveis pela introdução em Itália dos grandes escritores americanos.
Passou grande parte da sua vida em Turim, tendo conhecido intelectuais como Ginzburg, Bobbio e Pinelli durante os seus tempos de estudante no Liceo d’Azeglio. Depois de licenciado pela Universidade de Turim, com uma tese sobre a poesia de Walt Whitman, em 1930, começou a trabalhar como tradutor (principalmente de inglês, língua pela qual desde muito cedo se interessou).
Em 1933 ajudou Giulio Enaudi a fundar a editora Einaudi.Em 1935, por defender ideais anti-fascistas, Pavese foi preso e mais tarde exilado para o Sul de Itália (período durante o qual escreveu o conjunto de poemas Lavorare stanca, publicado em 1936). Um ano depois, de volta a Turim, trabalhou com Einaudi como editor e tradutor.
Durante a guerra, Pavese foi convocado para integrar o exército fascista, mas acabou por passar seis meses num hospital militar, pelo facto de ser asmático. Quando regressou a Turim, toda a cidade estava ocupada por tropas alemãs, o que o fez refugiar-se nas montanhas de Serralunga di Crea, perto de Casale Monferrato, abstendo-se de apoiar qualquer uma das partes em conflito nesse território.
Depois da guerra, inscreveu-se no Partido Comunista Italiano, começando a trabalhar no órgão de imprensa do mesmo partido, o L’Unitá.
Já perto da morte, Pavese fez sucessivas visitas à sua terra natal, Le Langhe, onde havia passado grande parte da sua infância. Porém, em 1950, as desilusões amorosas e políticas que vinha sofrendo, levaram-no a cometer suicídio, num quarto de hotel por meio de uma «overdose» de barbitúricos (situação que podemos comparar com a última cena do seu livro Tra Donne Sole).
LIVROS QUE LI:
A Guitarra Quebrada
O Verão
Fogo Grande
Ofício de Viver (Diário) [UM LIVRO MARCANTE PARA MIM]

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