«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

domingo, 9 de novembro de 2008

TERRAMOTO DE 1755

Foi em Novembro, precisamente no dia 1, dia de Todos os Santos, que Lisboa foi arrasada por um terramoto e um tsunami, embora não existissem na época instrumentos de mediação, calcula-se que a sua magnitude tivesse sido de 9 na escala de Richter.
Foi o terramoto mais violento da História da Europa.
Muitas pessoas, que se encontravam nas igrejas, ficaram soterradas. A seguir ao terramoto, aconteceram incêndios pavorosos e réplicas várias vezes ao dia e durante vários dias. Outras pessoas correram para a beira rio e foram engolidas pelo tsunami. As estimativas das mortes variam entre oito mil a 30 mil pessoas. O tremor de terra também foi sentido em Setúbal, Coimbra, Braga, Alentejo, Algarve, Andaluzia e Marrocos.
A família real sobreviveu, porque se encontrava fora da cidade. Nos dias seguintes, a Corte funcionou nos jardins de Belém e depois transferiu-se, para tendas montadas no Alto da Ajuda, onde viveu a realeza até ao final do século, altura em que começou a ser construído o Palácio da Ajuda. D. José nunca mais quis dormir debaixo de telha.
Este triste acontecimento, deu a possibilidade ao Marquês de Pombal, de reconstruir a Baixa. Assim surgiu a Baixa pombalina, de acordo com os critérios do mais avançado urbanismo da Europa das Luzes, as ruas em quadrícula, as praças majestosas, como a Praça do Comércio (ex- Terreiro do Paço) e as casas dotadas da técnica anti-sísmica (estrutura de gaiola), o que transformou Lisboa numa das cidades mais modernas.
Os prejuízos do terramoto foram muitos: destruição do paço real da Ribeira, dezenas de igrejas e palácios, cerca de 50 conventos e mosteiros, incluindo o Convento do Carmo e o Hospital de Todos os Santos. Também ficou destruída a Ópera do Tejo, que tinha sido inaugurada em Abril desse ano, assim como bibliotecas, tesouros artísticos e muitas preciosidades.
A repercussão deste acontecimento na Europa foi grande, por exemplo Voltaire e Goethe, escreveram sobre este acontecimento. Foi a maior catástrofe natural de que há memória em Portugal.

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