Na pintura portuguesa da segunda metade do século XIX, Aurélia de Sousa tornou-se uma presença inquestionável, quer entre os pintores mais velhos como Silva Porto, Marques de Oliveira, Columbano, Malhoa, Sousa Pinto e Artur Loureiro, quer entre os da sua geração, como Pousão, João Vaz, Eugénia Moreira ou António Carneiro. Na sociedade portuguesa, miticamente desenhada por Camilo, Eça e Júlio Dinis, viveu uma modernidade inédita de que ninguém, então e durante muito tempo, soube tirar as consequências.
Maria Aurélia Martins de Sousa nasceu a 13 de Junho de 1866, no Chile, em Valparaíso, filha de Olinda Perez e de António Martins de Sousa. É a quarta dos sete filhos do casal.
Com três anos, regressa a Portugal com a família. Vai morar para a Quinta da China, na margem direita do Douro, junto da cidade do Porto.
Em 1874, morreu o pai, tinha Aurélia 8 anos.
Em 1882 e até 1889, teve lições de desenho e pintura com António da Costa Lima e pinta o seu primeiro auto-retrato. Em 1893, vai para a Academia de Belas Artes do Porto, frequentando a aula de Desenho Histórico e destacou-se em anos sucessivos com distinção.
De 1899 a 1902, foi para Paris e frequentou a Academia Julien e os cursos de J. P. Laurens e B. Constant. Os seus trabalhos figuravam em exposições. Antes de regressar a Portugal viajou e visitou museus em Bruxelas, Antuérpia, Berlim, Roma, Florença, Veneza, Madrid e Sevilha. Cerca de 1900, pintou o famoso Auto-Retrato com casaco vermelho, Colecção Museu Nacional Soares dos Reis.
Regressando a Portugal desenvolveu uma intensa actividade, nomeadamente dando aulas e como ilustradora. Expôs anualmente na Sociedade de Belas-Artes do Porto e também regularmente na Galeria da Misericórdia e na Sociedade Nacional de Belas-Artes de Lisboa.
Morreu na Quinta da China, em 26 de Maio de 1922, com 55 anos.
No contexto do Naturalismo português, Aurélia de Sousa demarca-se por uma estética individualizada de percurso inédito. É nos auto-retratos, que a pintora se distancia da estética naturalista e evidencia uma plástica e poética própria, num processo de indagação pessoal. Além de um ou outro retrato de encomenda e as suas procuradas flores, regista a silenciosa narrativa da Casa: a presença da velha mãe, os afazeres das mulheres e das crianças, os cantos escuros da cozinha e do atelier, as tardes em que a luz se confunde, os caminhos campestres ou as vistas do rio. Pratica uma pintura vigorosa, raramente volumétrica, detida na análise das sombras para nelas captar a luz.
No Porto a sua obra pode ser apreciada no Museu Marta Ortigão Sampaio e no Museu Nacional Soares dos Reis.
Maria Aurélia Martins de Sousa nasceu a 13 de Junho de 1866, no Chile, em Valparaíso, filha de Olinda Perez e de António Martins de Sousa. É a quarta dos sete filhos do casal.
Com três anos, regressa a Portugal com a família. Vai morar para a Quinta da China, na margem direita do Douro, junto da cidade do Porto.
Em 1874, morreu o pai, tinha Aurélia 8 anos.
Em 1882 e até 1889, teve lições de desenho e pintura com António da Costa Lima e pinta o seu primeiro auto-retrato. Em 1893, vai para a Academia de Belas Artes do Porto, frequentando a aula de Desenho Histórico e destacou-se em anos sucessivos com distinção.
De 1899 a 1902, foi para Paris e frequentou a Academia Julien e os cursos de J. P. Laurens e B. Constant. Os seus trabalhos figuravam em exposições. Antes de regressar a Portugal viajou e visitou museus em Bruxelas, Antuérpia, Berlim, Roma, Florença, Veneza, Madrid e Sevilha. Cerca de 1900, pintou o famoso Auto-Retrato com casaco vermelho, Colecção Museu Nacional Soares dos Reis.
Regressando a Portugal desenvolveu uma intensa actividade, nomeadamente dando aulas e como ilustradora. Expôs anualmente na Sociedade de Belas-Artes do Porto e também regularmente na Galeria da Misericórdia e na Sociedade Nacional de Belas-Artes de Lisboa.
Morreu na Quinta da China, em 26 de Maio de 1922, com 55 anos.
No contexto do Naturalismo português, Aurélia de Sousa demarca-se por uma estética individualizada de percurso inédito. É nos auto-retratos, que a pintora se distancia da estética naturalista e evidencia uma plástica e poética própria, num processo de indagação pessoal. Além de um ou outro retrato de encomenda e as suas procuradas flores, regista a silenciosa narrativa da Casa: a presença da velha mãe, os afazeres das mulheres e das crianças, os cantos escuros da cozinha e do atelier, as tardes em que a luz se confunde, os caminhos campestres ou as vistas do rio. Pratica uma pintura vigorosa, raramente volumétrica, detida na análise das sombras para nelas captar a luz.
No Porto a sua obra pode ser apreciada no Museu Marta Ortigão Sampaio e no Museu Nacional Soares dos Reis.
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