«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

domingo, 28 de dezembro de 2008

COLISEU DE ROMA (UMA DAS SETE MARAVILHAS DO MUNDO)


O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, deve o seu nome à expressão latina Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio), devido à estátua colossal de Nero, que ficava perto da edificação. Localizado no centro de Roma, é uma excepção, pelo seu volume e relevo arquitectónico. Originalmente capaz de albergar perto de 50 000 pessoas, e com 48 metros de altura, era usado para variados espectáculos. Foi construído a leste do fórum romano.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registo efectuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma, em 476.
Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitectura. Actualmente é uma das maiores atracções turísticas em Roma e em 7 de Julho de 2007, foi eleita umas das "Sete maravilhas do mundo moderno". Além disso, o Coliseu ainda tem ligações à igreja, com o Papa a liderar a procissão da Via Sacra até ao Coliseu, todas as Sextas-feiras Santas.
O Coliseu era um local onde seriam exibidos toda uma série de espectáculos, inseridos nos vários tipos de jogos realizados na urbe, como os combates entre gladiadores, chamados muneras. A arena (87,5 m por 55 m) possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates, sob o qual existia um nível subterrâneo com celas e jaulas, que tinham acessos directos para a arena. Alguns detalhes dessa construção, como a cobertura removível, que poupava os espectadores do sol, são bastante interessantes, e mostram o refinamento atingido pelos construtores romanos.
Formado por cinco anéis concêntricos de arcos e abóbadas, o Coliseu representa o avanço introduzido pelos romanos na engenharia de estruturas. Esses arcos são de concreto (de cimento natural) revestidos por alvenaria. Outro tipo de espectáculos era a caça de animais, ou venatio, onde eram utilizados animais selvagens importados de África. Os animais mais utilizados eram os grandes felinos como leões, leopardos e panteras, mas animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados. As caçadas, tal como as representações de batalhas famosas, eram efectuadas em elaborados cenários onde constavam árvores e edifícios amovíveis.
Sylvae, ou recreações de cenas naturais eram também realizadas no Coliseu. Pintores, técnicos e arquitectos, construiam simulações de florestas com árvores e arbustos reais plantados no chão da arena. Animais eram introduzidos para dar vida à simulação. Esses cenários podiam servir só para agrado do público ou como pano de fundo para caçadas ou dramas representando episódios da mitologia romana, tão autênticos quanto possível, ao ponto das pessoas condenadas, fazerem o papel de heróis, sendo mortos de maneiras horríveis, mas mitologicamente autênticas, como mutilados por animais ou queimados vivos.
Embora o Coliseu tenha funcionado até ao século VI da nossa Era, foram proibidos os jogos com mortes humanas desde 404, sendo apenas massacrados animais como elefantes, panteras ou leões.
O Coliseu era sobretudo um enorme instrumento de propaganda e difusão da filosofia do Império Romano. A construção do Coliseu foi iniciada por Vespasiano, nos anos 70 da nossa era. O edifício foi inaugurado por Tito, em 80, embora apenas tivesse sido finalizado poucos anos depois. Empresa colossal, este edifício, inicialmente, poderia sustentar no seu interior cerca de 50 000 espectadores, em três andares, mas no reinado de Alexandre Severo e Gordiano III, foi ampliado com um quarto andar, podendo suster agora cerca de 90 000 espectadores.
O monumento permaneceu como sede principal dos espectáculos da urbe romana até ao período do imperador Honorius, no século V. Danificado por um terremoto no começo do mesmo século, foi alvo de uma extensiva restauração na época de Valentinianus III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres, com os quais tinha sido construído.
Os relatos romanos, referem-se a cristãos martirizados em locais de Roma, descritos pouco pormenorizadamente (no anfiteatro, na arena...), quando Roma tinha numerosos anfiteatros e arenas. Apesar de muito provavelmente o Coliseu não ter sido utilizado para martírios, o Papa Bento XIV consagrou-o no século XVII, à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX.

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