«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

GABRIEL GARCIA MÁRQUEZ (1982-)


Gabriel García Márquez, escritor columbiano, jornalista, editor e activista político, também conhecido por Gabito, é filho de Eligio García e de Luiza Santiaga Márquez Iguaran, que tiveram onze filhos. Os dois possuíam uma pequena farmácia homeopática. Seu avô materno Nicolás Márquez, que era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino, e sua avó materna Tranquilina Iguarán, exerceram forte influência nas histórias do autor. Um exemplo são os personagens de, Cem Anos de Solidão.
Tinha oito anos, quando a família teve que se mudar, devido à crise da plantação bananeira, e Gabriel estudou em Barranquilla. Passou a juventude ouvindo contos das Mil e Uma Noites, a sua adolescência foi marcada por livros, em especial A Metamorfose, de Franz Kafka. Ao ler a primeira frase do livro, Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num insecto monstruoso, pensou então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis? Em 1947 mudou-se para Bogotá para estudar Direito e Ciências Políticas, mas abandonou os cursos sem os concluir, foi para Cartagena das Índias, Colômbia, e começou a trabalhar como jornalista.
Trabalhou em vários jornais: El Universal, El Heraldo e no El Espectador como repórter e crítico.
Em 1958 trabalhou como correspondente internacional na Europa, retornou a Barranquilha e casou-se com Mercedes Barcha, com quem tem dois filhos, Rodrigo e Gonzalo. Em 1961 foi para Nova Iorque, para trabalhar como correspondente internacional, mas as suas críticas a exilados cubanos e as suas ligações com Fidel Castro, motivaram a perseguição da CIA e teve que se mudar para o México. Em 1994 fundou juntamente com seu irmão, a Fundação Neo Jornalismo Iberoamericano.
O seu primeiro romance foi, "La Hojarasca" publicado em 1955. Em 1961 publicou "Ninguém escreve ao coronel". A obra, Relato de um Náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente no "El Espectador", só foi publicada em livro anos depois, sem que o autor soubesse .
O escritor colombiano possui obras de ficção e não ficção, tais como, Crônica de uma Morte Anunciada e El amor en los tiempos del cólera. Em 1967 publicou, Cem Anos de Solidão, livro que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde a sua fundação, até a sétima geração. Este livro foi considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo único do estilo a partir de então denominado, REALISMO FANTÁSTICO. Suas novelas e histórias curtas - fusões entre a realidade e a fantasia – levaram-no ao Prémio Nobel de Literatura em 1982.
Em 2002 publicou sua autobiografia, Viver para contar, logo após ter sido diagnosticado um câncer linfático.
Como activista político, tem simpatia por movimentos revolucionários da América Latina. Em 2006 apoiou juntamente com outras figuras públicas a independência de Porto Rico. Em algumas ocasiões foi mediador entre governo colombiano e as guerrilhas.
Tem bastante interesse por cinema e como director já participou em vários filmes. Em 1986 fundou a Escola Internacional de Cinema e Televisão em Cuba, para apoiar a carreira de jovens da América Latina, Caribe, Ásia e África.
Vive actualmente em Cuba, lutando contra o cancro.

Sem comentários: