O primeiro grande dramaturgo português, que também foi poeta. Enquanto homem de teatro, parece ter também desempenhado as tarefas de músico, actor e encenador. É frequentemente considerado, de uma forma geral, o pai do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico, já que também escreveu em castelhano, partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola, com Juan del Encina. A obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e da passagem da Idade Média, para o Renascimento, fazendo-se o balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem social eram regidas por regras inflexíveis, para uma nova sociedade onde se começa a subverter a ordem instituída e a questioná-la. Foi o principal representante da literatura renascentista portuguesa, anterior a Camões, incorporando elementos populares na sua escrita que influenciou, a cultura popular.
Vários anos são indicados, como possíveis anos do seu nascimento. Não existindo certezas, a data com maior unanimidade é a de 1465. Também sobre o local do seu nascimento, os estudiosos avançam com vários sítios: Barcelos, Guimarães, (esta hipótese estaria de acordo com a profissão de ourives, já que a cidade de Guimarães foi centro de ourivesaria), Lisboa e as Beiras (verificam-se várias referências a esta área geográfica de Portugal, na toponímia e na forma de falar das personagens).
Nos vários estudos feitos sobre Gil Vicente, aparece sempre referência a ter sido ourives, realmente o dramaturgo usou termos técnicos de ourivesaria na sua obra. Camilo Castelo Branco, considerava que teriam existido duas pessoas, com o nome de Gil Vicente, mas outros intelectuais consideram a hipótese de ser uma só pessoa, depois de consultarem documentos na Torre do Tombo.
Sabe-se que casou com Branca Bezerra, de quem nasceram Gaspar Vicente e Belchior Vicente. Depois de enviuvar, casou com Melícia Rodrigues de quem teve Paula Vicente, Luís Vicente e Valéria Borges. Presume-se que tenha estudado em Salamanca.
O seu primeiro trabalho conhecido, foi a peça, Auto da Visitação, também conhecido como Monólogo do Vaqueiro, foi representada nos aposentos da rainha D. Maria, consorte de D. Manuel, para celebrar o nascimento do D. João III - sendo esta representação considerada como o marco da história do teatro português. Ocorreu em 1502, com a presença, além do rei e da rainha, de D. Leonor, viúva de D. João II e D. Beatriz, mãe do rei.
Tornou-se, então, responsável pela organização dos eventos palacianos. D. Leonor pediu ao dramaturgo a repetição da peça no Natal, mas o autor, escreveu o Auto Pastoril Castelhano. Gil Vicente, além de ter escrito a peça, também a encenou e representou, usou, contudo, o quadro religioso natalício, numa perspectiva profana. D. Leonor tornou-se a sua grande protectora nos anos seguintes.
Se foi realmente ourives, terminou a sua obra-prima nesta arte - a Custódia de Belém - feita para o Mosteiro dos Jerónimos, em 1506, produzida com o primeiro ouro vindo de Moçambique. Três anos depois, este mesmo ourives tornou-se vedor do património de ourivesaria no Convento de Cristo, em Tomar, Nossa Senhora de Belém e no Hospital de Todos-os-Santos, em Lisboa.
Conseguiu-se ainda apurar algumas datas em relação a esta personagem que tanto pode ser uma como duas: em 1511 foi nomeado vassalo de el-Rei e um ano depois, sabe-se que era representante dos ourives, na "Casa dos Vinte e Quatro". Em 1513, o mestre da balança da Casa da Moeda, também de nome de Gil Vicente, foi eleito pelos outros mestres, para os representar junto à vereação de Lisboa.
Gil Vicente dirigiu os festejos em honra de Dona Leonor, a terceira mulher de Dom Manuel, no ano de 1520, um ano antes de passar a servir Dom João III, conseguindo prestígio para se permitir satirizar o clero e a nobreza, nas suas obras e até mesmo para se dirigir ao monarca criticando as suas opções. Foi o que fez em 1531, através de uma carta ao rei onde defendeu os cristãos-novos.
Morreu em lugar desconhecido, talvez em 1536, porque é a partir desta data, que se deixa de encontrar qualquer referência ao seu nome nos documentos da época, além de ter deixado de escrever a partir desta data.
Vários anos são indicados, como possíveis anos do seu nascimento. Não existindo certezas, a data com maior unanimidade é a de 1465. Também sobre o local do seu nascimento, os estudiosos avançam com vários sítios: Barcelos, Guimarães, (esta hipótese estaria de acordo com a profissão de ourives, já que a cidade de Guimarães foi centro de ourivesaria), Lisboa e as Beiras (verificam-se várias referências a esta área geográfica de Portugal, na toponímia e na forma de falar das personagens).
Nos vários estudos feitos sobre Gil Vicente, aparece sempre referência a ter sido ourives, realmente o dramaturgo usou termos técnicos de ourivesaria na sua obra. Camilo Castelo Branco, considerava que teriam existido duas pessoas, com o nome de Gil Vicente, mas outros intelectuais consideram a hipótese de ser uma só pessoa, depois de consultarem documentos na Torre do Tombo.
Sabe-se que casou com Branca Bezerra, de quem nasceram Gaspar Vicente e Belchior Vicente. Depois de enviuvar, casou com Melícia Rodrigues de quem teve Paula Vicente, Luís Vicente e Valéria Borges. Presume-se que tenha estudado em Salamanca.
O seu primeiro trabalho conhecido, foi a peça, Auto da Visitação, também conhecido como Monólogo do Vaqueiro, foi representada nos aposentos da rainha D. Maria, consorte de D. Manuel, para celebrar o nascimento do D. João III - sendo esta representação considerada como o marco da história do teatro português. Ocorreu em 1502, com a presença, além do rei e da rainha, de D. Leonor, viúva de D. João II e D. Beatriz, mãe do rei.
Tornou-se, então, responsável pela organização dos eventos palacianos. D. Leonor pediu ao dramaturgo a repetição da peça no Natal, mas o autor, escreveu o Auto Pastoril Castelhano. Gil Vicente, além de ter escrito a peça, também a encenou e representou, usou, contudo, o quadro religioso natalício, numa perspectiva profana. D. Leonor tornou-se a sua grande protectora nos anos seguintes.
Se foi realmente ourives, terminou a sua obra-prima nesta arte - a Custódia de Belém - feita para o Mosteiro dos Jerónimos, em 1506, produzida com o primeiro ouro vindo de Moçambique. Três anos depois, este mesmo ourives tornou-se vedor do património de ourivesaria no Convento de Cristo, em Tomar, Nossa Senhora de Belém e no Hospital de Todos-os-Santos, em Lisboa.
Conseguiu-se ainda apurar algumas datas em relação a esta personagem que tanto pode ser uma como duas: em 1511 foi nomeado vassalo de el-Rei e um ano depois, sabe-se que era representante dos ourives, na "Casa dos Vinte e Quatro". Em 1513, o mestre da balança da Casa da Moeda, também de nome de Gil Vicente, foi eleito pelos outros mestres, para os representar junto à vereação de Lisboa.
Gil Vicente dirigiu os festejos em honra de Dona Leonor, a terceira mulher de Dom Manuel, no ano de 1520, um ano antes de passar a servir Dom João III, conseguindo prestígio para se permitir satirizar o clero e a nobreza, nas suas obras e até mesmo para se dirigir ao monarca criticando as suas opções. Foi o que fez em 1531, através de uma carta ao rei onde defendeu os cristãos-novos.
Morreu em lugar desconhecido, talvez em 1536, porque é a partir desta data, que se deixa de encontrar qualquer referência ao seu nome nos documentos da época, além de ter deixado de escrever a partir desta data.
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