«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quarta-feira, 25 de março de 2009

MARCEL PROUST (1871-1922)

Valentin Louis Georges Eugène Marcel Proust - Filho de Adrien Proust, um célebre professor de medicina, e Jeanne Weil, de origem judaica. Marcel Proust nasceu numa família rica que lhe assegurou uma vida tranquila e lhe permitiu frequentar os salões da alta sociedade da época.
Após estudos no liceu Condorcet, prestou serviço militar. Devolvido à vida civil, assistiu na École Libre des Sciences Politiques aos cursos de Albert Sorel e Anatole Leroy-Beaulieu e na Sorbonne aos de Henri Bergson, cuja influência sobre a sua obra foi essencial.
Em 1900, efectuou uma viagem a Veneza e dedicou-se às questões de estética. Em 1904, publicou várias traduções do crítico de arte inglesa, John Ruskin. Paralelamente escreveu artigos que relatam a vida mundana e que foram publicados nos grandes jornais. Escreveu Jean Santeuil, um grande romance que ficou inacabado e continua inédito. Publicou, Os Prazeres e os Dias (Les Plaisirs et les Jours), uma reunião de contos e poemas.
Após a morte dos seus pais, a sua saúde já frágil deteriorou-se. Passou a viver recluso e a esgotar-se no trabalho. A sua obra principal, EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (À LA RECHERCHE DU TEMPS PERDU), é um painel da vida no seu tempo. O primeiro volume foi editado à custa do autor, mas as edições Gallimard recuaram na sua recusa e aceitaram o segundo volume, À Sombra das Raparigas em Flor, pelo qual recebeu o prémio Goncourt.
A homossexualidade é tema recorrente na sua obra, principalmente em Sodoma e Gomorra e nos volumes subsequentes. Trabalhou sem repouso na escrita dos seis livros seguintes, até 1922. Nesse mesmo ano morreu esgotado, acometido por uma bronquite mal cuidada.

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