A 29 de Março de 1809, mais de quatro mil pessoas, morreram afogadas no rio Douro. As tropas francesas do Marechal Soult, bombardeavam a cidade do Porto e a população na ânsia da fuga à investida da cavalaria francesa, lançou-se na Ponte das Barcas, na tentativa de alcançar a outra margem. A ponte constituída por vinte barcaças ligadas por cabos de aço, destrui-se com o peso e foi uma grande tragédia.
DIZ NO PROGRAMA: Este facto vai ser homenageado com um concerto memorável. Escrito especialmente pelo padre Ferreira dos Santos, o poema coral sinfónico é composto, sobre poemas da «Mensagem» de Fernando Pessoa, que repleta de simbolismo, revisita a mitologia do passado histórico de Portugal e o predestina à inspiração e condução do mundo ao advento do Quinto Império *(?), um império de cultura, paz e harmonia entre os povos.
Ferreira dos Santos passeava-se exuberante e vaidoso pela obra executada, uma obra megalómana, com a intervenção dos solistas, Dora Rodrigues e Marco Alves dos Santos, do recitador Prof. Júlio Couto, do Coro Portuense de Ópera, do Coro Polifónico da Lapa e mais 400 elementos de Coros do Porto e de Gaia e com duas Orquestras, a Orquestra Clássica de Espinho e a Banda Sinfónica Portuguesa, tudo regido pelo maestro Cesário Costa.
Relativamente à música não gostei, aliás as composições de Ferreira dos Santos, são sempre estruturalmente muito confusas. Relativamente ao texto, achei um absurdo, absolutamente anacrónico, a proposta era uma homenagem ao desastre da Ponte das Barcas em 1809 e a obra baseava-se nos poemas escritos por Pessoa, alusivos aos Descobrimentos, ocorridos três séculos e meio aproximadamente, antes das Invasões Francesas!?... Este espectáculo precisava de ser baseado num texto dentro daquilo que se queria homenagear.
TODO O ESPECTÁCULO FOI DECEPCIONANTE!!!!!
*Segundo aprendi o QUINTO IMPÉRIO, era para Pessoa, a união de Portugal e Espanha!
sábado, 28 de março de 2009
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