Zeus, o rei dos deuses olímpicos, engravidou a sua amante Alcmene e proclamou que o próximo filho a nascer, seria coroado rei. Hera, sua esposa, ao descobrir o fato, fez com que Euristeu nascesse antes de Hércules, futuro filho de Alcmene. Zeus enfureceu-se ao saber o que ela havia feito, porém nada pode fazer. Mais tarde, já adulto, Hércules assassinou a sua esposa, Megara, e os seus três filhos, num acesso de loucura, provocado por Hera. Quando se deu conta do que havia feito, o herói isolou-se, fugindo para o campo e vivendo sozinho. Foi encontrado pelo seu primo Teseu, que o convenceu a visitar o oráculo de Delfos, para recuperar a sua honra. O oráculo como penitência, determinou que Hércules deveria executar uma série de doze trabalhos, estipulados pelo homem que ele mais odiava, o rei Euristeu, que havia herdado o seu direito de nascença.
O importante são esses doze trabalhos, a que Walter Burkert chamou, juntamente com os outros mitos sobre Hércules, um conjunto de contos populares. Os feitos sobre-humanos de Hércules, sempre a vencer a morte, passaram a adquirir simbolismos filosóficos, morais e eventualmente, alegóricos, por trás dos seus significados literais, a figura do herói passou a representar uma tradição mística, e os trabalhos foram interpretados em termos de uma jornada espiritual. Os últimos três trabalhos, em particular, seriam considerados metáforas sobre a morte.
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