O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, por genocídio e crimes de guerra contra a humanidade.
Omar al-Bashir, é penalmente responsável pelo crime de genocídio de três etnias no Darfur. É acusado de assassínios, extermínio, deslocamentos forçados de populações, torturas e violações, representativos de crimes contra a humanidade, bem como de crimes de guerra, designadamente pilhagens e ataques.
O porta-voz do exército sudanês, Osman al-Aghbash, advertiu hoje que o exército "reagirá com firmeza" contra quem colaborar com o TPI. Osman al-Aghbash garantiu que o exército detém actualmente o controlo em todas as regiões do Sudão. Estão a organizar-se manifestações de apoio ao presidente al-Bashir. O TPI - único tribunal permanente competente para julgar crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio - não tem qualquer força policial e por isso a execução dos mandados de captura que emite, ficam dependentes da vontade dos Estados.
A ordem de prisão contra o presidente Omar al-Bashir, não mudará a política do Sudão, afirmou o próprio chefe de Estado sudanês. Cartum expulsou desde quarta-feira, 13 organizações não governamentais internacionais de Darfur, a região do oeste do país sofre uma guerra civil, que já deixou 300.000 mortos, segundo a ONU, 10.000 de acordo com Cartum, e 2,7 milhões de deslocados. O presidente chegou ao poder em 1989 com um golpe de Estado militar. Em 2000 ganhou a eleição presidencial com 87% dos votos, numa votação considerada uma farsa pela oposição. Este ano deveriam ser celebradas novas eleições gerais, mas a data não foi determinada até o momento. Segundo vários analistas, Bashir vai concorrer a um novo mandato, apesar da ordem de prisão.
[SENDO O SUDÃO O PAÍS POBRE QUE É, QUEM AJUDA ESTE SANGUINÁRIO A FAZER AQUILO QUE LHE APETECE? O PETRÓLEO?
ECONOMIA DO SUDÃO - Desde 1997 que o Sudão tem vindo a implementar medidas aconselhadas pelo FMI. Começaram a exportar petróleo em 1999, a produção crescente desde produto (actualmente 520.000 barris por dia) deu uma nova vida à indústria Sudanesa, e fez com que o PIB subisse em 2003.
Como os Estados Unidos, estabeleceram sanções, contra o Sudão desde 1997, suas petrolíferas se retiraram do país, sendo substituídas por empresas de outros países como: França, Kuwait, Índia, Malásia e China. O Sudão tem um solo muito rico: petróleo, gás natural, ouro, prata, crómio, asbesto, manganês, gipsita, mica, zinco, ferro, chumbo, urânio, cobre, cobalto, granito, níquel e alumínio.
Apesar de todos os desenvolvimentos económicos mais recentes derivados da produção petrolífera, a agricultura continua a ser o sector económico mais importante do Sudão. Emprega 80% da força de trabalho e contribui com 39% para o PIB. Este aparente bem estar económico é quase irrelevante; a população vive abaixo da linha de pobreza, por causa da guerra civil e do clima muito seco.]
sexta-feira, 6 de março de 2009
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