«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

domingo, 1 de março de 2009

STEFAN ZWEIG (1881-1942)


Stefan nasceu em Viena, de uma família judia de grandes posses. Doutorou-se em Filosofia e também fez cursos de História da Literatura. Frequentando o ambiente da vanguarda cultural, publicou os seus primeiros poemas, Silberne Saiten, que revelaram influencias de Hofmannsthal e de Rilke. A seguir apareceu o seu primeiro romance. Zweig cultivou um estilo muito particular, complementando a uma construção psicológica, uma brilhante técnica narrativa.
Durante a Primeira Guerra Mundial, exilou-se em Zurique, devido às suas convicções anti-belicistas, em sequência deste facto escreveu, Jeremiah, uma peça teatral biblíca, contra a guerra. Radicado na Suíça, foi correspondente da imprensa livre e como tinha o suporte da sua família, pode realizar a sua grande paixão: viajar. Foi dos primeiros escritores a escrever contra a Alemanha.
No fim da guerra, pode regressar à Áustria e casou com uma sua admiradora, que tinha conhecido há oito anos. Neste período escreveu uma série de romances, era um intelectual comprometido e teve que enfrentar as doutrinas nacionalistas e o espírito conservador da época.
Zweig viajou muito, inclusive à União Soviética e conheceu grandes personalidades, como: Albert Einstein, Máximo Gorki, Rainer Maria Rilke, Auguste Rodin, Arturo Toscanini e Richard Strauss, entre outros. Escreveu o libreto para uma ópera de Strauss e o seu nome apareceu no cartaz, por insistência do compositor, apesar de não autorizado. Hitler não compareceu à estreia e a exibição da ópera acabou por ser proibida.
A religião judia nunca fez parte da sua educação, numa entrevista Zweig disse, que o pai e a mãe eram judeus, por um acidente de nascimento.
Devido ao aumento da influencia nacional socialista na Austria, Zweig mudou-se para Londres e depois foi viajar para a América do Sul. Os seus livros foram proibidos na Alemanha, pelo regime nazi. Zweig divorciou-se e casou segunda vez, mudando-se para Paris. Depois voltou a Londres, antes de viajar para os Estados Unidos, Argentina, Paraguai e Brasil e foi no Brasil que o escritor e a mulher se suicidaram, desesperados com o futuro da Europa e acreditando que o nazismo se iria espalhar por todo o mundo.

OBRA- Tem uma vasta obra de romance, teatro, poesia, ensaios, biografias, além de ter feito muitas traduções. Para escrever os 14 maiores acontecimentos da História Mundial, trabalhou nesta obra, durante 20 anos. Da sua vastíssima obra, li apenas: CARTA A UMA DESCONHECIDA e AMOK (foram também primeiras leituras, eram os livros que existiam lá por casa.

ZWEIG, escreveu: "... o inesperado êxito dos meus livros, provém, segundo creio, de um vício pessoal: sou um leitor impaciente e de muito temperamento. Irrita-me o difuso e vagamente exaltado, o ambíguo, o desnecessário, de um romance, de uma biografia de uma exposição intelectual. Só o livro que mantém o interesse, página a página e arrasta o leitor até à última linha, sem o deixar tomar alento, me proporciona grande deleite. Nove de cada dez livros que me caiem nas mãos, estão sobrecarregados de descrições supérfluas, diálogos extensos e figuras secundárias inúteis, que lhes tiram tensão e dinamismo.

Sem comentários: