«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quinta-feira, 5 de março de 2009

EROS-DEUS DO AMOR (CUPIDO NO PANTEÃO ROMANO)

Há várias versões sobre a origem de Eros.
Hesíodo, na sua Teogonia, considera-o filho de Caos, portanto um deus primordial. Além de o descrever como sendo muito belo e irresistível, ignorando o bom senso, atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos.
Posteriormente foi considerado como um deus olímpico, filho de Afrodite e de Zeus, Hermes ou Ares, conforme as versões.
A versão de Platão, no seu livro Banquete: "Quando nasceu Afrodite, os deuses banquetearam-se e entre eles estava Poros. Depois de terem comido, chegou Pínia (a Pobreza) a mendigar. Aconteceu que Poros, embriagado de néctar, dado que ainda não havia vinho, entrou nos jardins de Zeus e pesado como estava, adormeceu. Pínia, então, pela carência em que se encontrava e cogitando ter um filho de Poros, dormiu com ele e concebeu Eros. Por isso, Eros tornou-se seguidor e ministro de Afrodite, porque foi gerado durante as suas festas natalícias e também era por natureza amante da beleza.
COMO ERA EROS?
Eros dormiria ao ar livre sob as estrelas, nos caminhos. Eros estaria sempre à espreita dos belos de corpo e de alma, com sagazes ardis. Era corajoso, audaz e constante, um caçador temível, astucioso, sempre armando intrigas. Gostaria de invenções e de expedientes. Seria filósofo, encantador poderoso, fazedor de filtros, sofista. Sua natureza não seria nem mortal nem imortal, no mesmo dia, num momento, quando tudo lhe sucedia bem, florescia bem vivo e no momento seguinte, morreria, mas depois retornaria à vida. Tudo o que conseguiria, pouco a pouco sempre lhe fugiria das mãos.

Eros casou-se com Psique, com a condição de que ela nunca pudesse ver o seu rosto, pois isso significaria perdê-lo. Mas Psique, induzida por suas invejosas irmãs, observou o rosto de Eros à noite, sob a luz de uma vela. Encantada com tamanha beleza do deus, distraiu-se e deixou cair uma gota de cera, sobre o peito do seu marido, que acordou. Irritado com a traição de Psique, Eros abandonou-a. Psique, ficou perturbada e passou a vaguear pelo mundo, até se entregar à morte. Eros, que também sofria pela separação, implorou a Zeus, que tivesse compaixão deles. Zeus resgatou a sua esposa e passaram a viver no Olimpo. Com Psique teve trigêmeos: Eros II, Volúptas e Volúptia.

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