
Nasceu no Porto, no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Mello e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo desde cedo sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadoras. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto. Foi membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional. Pedro Homem de Mello casou com Maria Helena Pamplona e teve dois filhos, Maria Benedita, que faleceu ainda criança e Salvador Homem de Mello, já falecido, que foi casado com Maria José Barros Teixeira Coelho, de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Mello.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença. Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento e só sobrevive cantada, já que alguns dos seus poemas foram adoptados para fado. Entre os mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio, Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Escreveu vários livros: Danças De Portugal, Jardins Suspensos (1937), Segredo (1939),
A Poesia Na Dança E Nos Cantares Do Povo Português (1941), Pecado (1943), Príncipe Perfeito (1944), Bodas Vermelhas (1947), Miserere (1948), Os Amigos Infelizes (1952), Grande. Grande Era A Cidade (1955), Poemas Escolhidos (1957), Ecce Homo (1974), Poesias Escolhidas (1987),
E ninguém me conhecia, Lisboa, Campo da Comunicação, 2004 (Selec. de Poemas por Manuel Alegre e Paulo Sucena), Poesias Escolhidas, Lisboa, Asa, 2004 (selec. e pref. de Vasco da Graça Moura), Eu, Poeta e tu, cidade, Quasi Edições, 2007.
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