Esta foi a segunda peça escrita por Brecht e a primeira a ser representada. Trata-se da história de Andreas Kragler, um herói falhado. Andreas é um soldado que regressa a casa, após ter sido mobilizado, feito prisioneiro e enviado para África. Kragler adere à Revolução Espartaquista, a cujas fileiras e ideais socialistas acabará, no entanto, por virar as costas, em favor de um bem mais comezinho e confortável: «a grande cama, branca e larga...» Mas quando Kragler chega, a sua noiva que tinha esperado por ele 4 anos, ia casar com outro, tendo já um filho no ventre e com a bênção entusiasmada dos pais, porque o futuro marido era uma pessoa com bens e Andres um pobre esfarrapado!
Encenada por Nuno Carinhas, que optou por uma peça escrita na época em que Brechet não se submetera ainda ao espartilho ideológico da ortodoxia, fruto de uma juventude desabrida, mais próxima de Rimbaud que de Lenine e em que rompe com os modelos teatrais do passado (naturalistas) e do presente (expressionistas).
Com um excelente desempenho, é de realçar ainda os cenários e a música.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
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