«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sexta-feira, 8 de maio de 2009

ALVES REDOL (1911-1969)

António Alves Redol, nasceu em Vila Franca de Xira e morreu em Lisboa, também fez parte dos escritores neo-realistas.
Filho de gente modesta, cedo começou a trabalhar. Partiu para Angola, aos 16 anos, procurando melhores condições de vida e regressou a Portugal três anos depois. Juntou-se ao Movimento de Unidade Democrática (MUD), que se opunha ao regime do Estado Novo, e filiou-se no Partido Comunista, escrevendo artigos no jornal, O Diabo.
Introduziu o neo-realismo em Portugal com o romance Gaibéus, nome dado aos camponeses da Beira, que iam fazer a ceifa do arroz ao Ribatejo, em meados do século XX. Daí em diante a sua obra revelou, uma grande preocupação social, velada ainda assim, dada a censura e a perseguição política movida pelo regime de Salazar, especialmente aos simpatizantes do PCP. Chegou mesmo a sofrer prisão política tendo sido torturado.
O seu último romance, Barranco de Cegos, é considerado a sua obra-prima e afirma uma nova fase, em que a intervenção política e social é posta em segundo plano, dando lugar a uma centralização nas personagens, a nível psicológico e existencial .
Escreveu:
Gaibéus, Marés, Avieiros, Fanga, Reinegros, Porto Manso, Ciclo Portwine (composto de três romances: Horizonte Cerrado, Os Homens e as Sombras e Vindima de Sangue), Olhos de Água, A Barca dos Sete Lemes, Uma Fenda na Muralha, Barranco de Cegos, A vida Mágica da Sementinha.
Escreveu o argumento de dois filmes: Nazaré, filme realizado por Manuel Guimarães, em 1952 e Avieiros (1975) e para o teatro escreveu: Forja (1948) e O Destino Morreu de Repente (1967).

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