«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sexta-feira, 8 de maio de 2009

GRÃO VASCO (Viseu? 1475-1542)







Vasco Fernandes, mais conhecido por Grão Vasco, é considerado o principal nome da pintura portuguesa quinhentista. Nasceu provavelmente em Viseu e exerceu a sua actividade artística no Norte de Portugal, na primeira metade do século XVI.
A primeira referência a Vasco Fernandes data de 1501, quando se iniciou a feitura do grande retábulo da capela-mor da Sé de Viseu. Nessa empreitada, que durou de 1501 a 1506, Vasco Fernandes trabalhou com o pintor flamengo Francisco Henriques, trata-se de uma obra colectiva, sendo difícil determinar com rigor, o papel que Vasco Fernandes desempenhava. Mais tarde, entre 1506 e 1511, trabalhou em Lamego pintando o retábulo da capela-mor da Sé, nesta obra toma a responsabilidade individual, sendo auxiliado por entalhadores flamengos. Esteve depois em Coimbra, onde pintou quatro retábulos para o Mosteiro de Santa Cruz, dos quais sobrou apenas um magnífico Pentecostes, na sacristia do mosteiro. Mais tarde instalou-se novamente em Viseu e realizou vários retábulos, considerados suas obras mais importantes, para a Sé e o Paço Episcopal do Fontelo, junto com seu colaborador, Gaspar Vaz. Vasco Fernandes foi um pintor de transição do Manuelino, pintura flamenga, para o renascentismo. A maior parte das pinturas de Vasco Fernandes estão no Museu Grão Vasco, em Viseu, com obras da sua primeira e última fase artísticas. No Museu de Lamego estão cinco das vinte tábuas do retábulo da Sé de Lamego, desmontado no século XVIII. Na igreja matriz de Freixo de Espada à Cinta, construída na época manuelina, assim como no Mosteiro de Salzedas, encontram-se outros importantes grupos de pinturas de Vasco Fernandes. Finalmente, na sacristia do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra pode-se apreciar o Pentecostes.

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