«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quinta-feira, 14 de maio de 2009

TITO GOBBI (Bassano del Grappa 1915 - Roma 1984)


Com Tito Gobbi, acabo a abordagem dos maiores cantores de ópera, a maioria do século XX e passarei a uma abordagem de grandes instrumentistas e grandes maestros, abordagens obviamente, que não são de forma alguma finitas.
Tito Gobbi, foi dos mais famosos barítonos do século XX. Chegou a estudar Direito na universidade de Pádua, antes de ir para Roma para perseguir a carreira lírica. Fez a sua estreia em La sonnambula, de Vincenzo Bellini. Foi contratado pelo Scala de Milão em 1935 e passou a desempenhar papéis secundários cada vez mais importantes até 1942, quando foi pela primeira vez protagonista na ópera L'Elisir d'Amore, de Gaetano Donizetti.
Após a Segunda Guerra Mundial, começou a actuar internacionalmente, em várias cidades, como Estocolmo, Londres, San Francisco, Salzburgo e Chicago. Estreou-se no Metropolitan em 1956, no papel que talvez tenha sido um de seus maiores sucessos de público: o Scarpia da Tosca. Seis anos mais tarde, Gobbi participaria neste mesmo papel numa apresentação especial no Covent Garden, ao lado de Maria Callas. Embora nenhum dos dois intérpretes estivesse no auge de sua forma vocal, esta gravação tornou-se histórica, por ser de um dos poucos registos em vídeo disponíveis da cantora e terminou contribuindo de forma significa para a popularidade do barítono.
Gobbi também participou em aproximadamente vinte filmes, a maior parte versões cinematográficas de óperas de compositores tais como Verdi, Puccini e Rossini. A partir dos anos 60, dedicou-se igualmente à direcção, especialmente para a Chicago Opera House. Retirou-se oficialmente dos palcos em 1979.
Usualmente associado aos dramas de Verdi e ao verismo italiano, Gobbi possuía todavia um repertório bastante abrangente. O barítono chegou a cantar mais de 100 papéis, muitos em óperas que são raramente encenadas no circuito internacional, tais como a Écuba de Malipiero ou La locandiera, de Persico, além de obras de Ermanno Wolf-Ferrari, Ildebrando Pizzetti e Alban Berg, entre outros. De todo 0 modo, as suas actuações mais célebres permanecem as que realizou no Scala de Milão nos anos 50, usualmente tendo por parceiros de palco dois dos maiores cantores do século, Maria Callas e Giuseppe di Stefano.
Gobbi dedicou-se intensamente à sua formação musical e dominava com segurança as técnicas vocais requeridas para uma carreira lírica de nível internacional. Embora não possuísse uma voz de timbre particularmente agradável, ou mesmo de alcance especialmente incomum, compensava estas limitações com um trabalho de cena espectacular.
Tito Gobbi, fez bastantes gravações, de várias óperas.

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