«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quarta-feira, 6 de maio de 2009

URBANO TAVARES RODRIGUES

Urbano Augusto Tavares Rodrigues, nasceu em Lisboa, em 1923, mas passou grande parte da sua infância em Moura. Este primeiro contacto com a natureza e com as gentes do campo, irão marcá-lo profundamente, influenciando de forma marcante a sua obra e contribuindo para uma precoce tomada de consciência social.
Licenciou-se em Filologia Românica na Universidade de Lisboa E doutorou-se em 1984, com uma tese sobre o escritor Manuel Teixeira Gomes.
Foi leitor de português em várias Universidades estrangeiras, entre os anos de 1949 e 1955, época em que se encontrava impedido de exercer docência universitária em Portugal por motivos políticos. Depois da Revolução de 1974, regressou a Portugal e retomou, a actividade docente. Em 1993, jubilou-se como Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, continuando a exercer a docência na Universidade Autónoma de Lisboa. É membro efectivo da Academia de Ciências de Lisboa e membro correspondente da Academia Brasileira de Letras.

A sua obra, tem como característica principal a tomada de consciência do indivíduo face a si mesmo e aos outros, processo que se desenvolve até ao reconhecimento de uma identidade social e política. Tem, além disso, colaboração dispersa, como jornalista e repórter, por publicações variadas. Militante comunista, o autor considera que, numa primeira fase, a sua obra foi influenciada pelo existencialismo francês da década de 50; mais tarde, na sequência da sua detenção no forte de Caxias, durante o regime ditatorial a que fez oposição, passou a revelar-se com uma literatura de resistência, a que se seguiu um novo período, mais optimista, no pós-25 de Abril.
Recebeu variados galardões literários, como o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa (Uma Pedrada no Charco), Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, Prémio da Imprensa Cultural, Prémio Vida Literária - atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores,
Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco .

Autor prolífico, a sua obra está traduzida em várias línguas e aborda vários géneros: Viagens
Ensaios, Contos e Novelas, romance, Narrativa, Crónicas, Teatro e outros.
Da sua imensa obra, não li muito, mas li o suficiente para conhecer o seu género: A NOITE ROXA, OS INSUBMISSOS e BASTARDOS AO SOL.

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TENHO UMA GRANDE ADMIRAÇÃO POR TODOS AQUELES, QUE SE INDIGNARAM CONTRA O REGIME SALAZARISTA E QUE FORAM PRESOS PELA POLÍCIA POLÍTICA E TIVERAM QUE DEIXAR O SEU PAÍS À CUSTA, DE MUITOS SACRIFÍCIOS. OBVIAMENTE QUE ESTAS PESSOAS, ESTAVAM LIGADAS PRINCIPALMENTE AO PCP, MAS MOSTRARAM TER IDEAIS E ERAM GENEROSAS. HOJE NÃO HÁ IDEAIS, A DEMOCRACIA PERMITE QUE SE FALE MUITO, QUE HAJAM MANIFESTAÇÕES E REIVINDICAÇÕES, MAS TUDO NÃO É LEVADO MUITO SÉRIO, PARA MIM ESTA REALIDADE TAMBÉM FAZ PARTE DA CRISE.

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