«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quinta-feira, 7 de maio de 2009

PLÁCIDO DOMINGO


Escrever de forma sintética sobre o grande cantor, José Plácido Domingo Embil, é impossível, porque isso é tirar-lhe toda a grandeza que tem. Quem gostar terá paciência para ler, quem não gostar passará à frente obviamente.

Plácido Domingo, nasceu em Madrid em 1941, os seus pais, eram cantores de zarzuelas, Plácido Domingo e Pepita Embil. Era conhecido familiarmente como "El Granado", por cantar desde muito pequeno a canção Granada, de Agustín Lara. Em 1949, a sua família mudou-se para o México e aí iniciou estudos de piano.Tempos depois, foi admitido na Escola Nacional de Artes e no Conservatório Nacional de Música, estudando piano e regência. Casou-se em 1962 com a soprano Marta Ornelas, que conheceu durante os estudos no conservatório.
Sua estreia como cantor deu-se como barítono. Apareceu em cena pela primeira no teatro Degollado de Guadalajara, interpretando o papel de Pascual, na ópera Marina. Interpretou também como barítono papéis nas óperas Rigoletto e Diálogo das Carmelitas, entre outros. Sua estreia como tenor se deu ao interpretar o Alfredo de La Traviata, em 1959 em Monterrey. Posteriormente, cantou zarzuelas com seus pais.
Em 1962, foi contratado pela Ópera de Tel Aviv e aí ganhou a fama. Passou ali dois anos e meio, cantando em 280 ocasiões. Posteriormente, em 1966, estreou-se na Ópera de Nova York. Em 1968, apresentou-se no Metropolitan de Nova York pela primeira vez, fazendo par com Renata Tebaldi. Durante a sua carreira, cantou na maioria das maiores casas de ópera do mundo, e nos principais festivais.
Em 1985, o maior terremoto na história do México devastou toda a capital do país, e devido ao mesmo morreram alguns dos seus familiares. Plácido Domingo interveio nos trabalhos de resgate, e no ano seguinte deu concertos beneficentes para as vítimas.
Em cena, interpretou mais de noventa personagens. Seu principal repertório inclui principalmente óperas italianas e francesas, e também óperas de Richard Wagner, no festival de Bayreuth.
Como a maior parte dos tenores dramáticos, Plácido Domingo começou a sua carreira como barítono, tendo treinado a sua voz para cobrir a escala de tenor, sem no entanto perder a riqueza dos registos mais baixos da voz. Como praticante activo de desporto que foi, a sua resistência física também contribui para desenvolver a sua voz dramática, há papéis para tenores dramáticos, que podem durar até quatro horas a cantar! Foi no final da década de 1950, as suas primeiras aparições como profissional, desempenhando papéis de barítono. E foi igualmente nesse final de década, que começou a assumir o papel de tenor e a especializar a sua voz nos papéis dramáticos. Nos primeiros anos do século XXI, intensificou o seu trabalho como maestro. Desde 1996 é director artístico da Ópera Nacional de Washington. Em 1998 foi nomeado director artístico da Ópera de Los Angeles, tornando-se director geral em 2003.
Plácido Domingo também se tornou popular, cantando com cantores ligeiros, de destacar, a parceria com John Denver e Julie Andrews, num programa especial de televisão, The Sound of Christmas, que ganhou um Emmy. Em 1993, fundou a Operalia, prémio dado aos melhores cantores jovens de ópera, na Cidade do México.
Formou em 1990, juntamente com José Carreras e Luciano Pavarotti, Os Três Tenores, durante o Campeonato da Itália. O evento foi concebido, originalmente, para adquirir fundos para a Fundação Internacional contra a Leucemia José Carreras. Apresentaram-se juntos em todas os campeonatos até 2002. Em 2006, apresentou-se com a soprano russa Anna Netrebko e com o tenor mexicano Rolando Villazón, no campeonato da Alemanha.
Plácido Domingo também é um grande filantropo, tendo ajudado os necessitados em várias partes do mundo, inclusive promovendo apresentações beneficentes, para vítimas de terremotos e furacões.
Plácido Domingo também interpretou várias óperas, para o cinema e
foi laureado com inúmeras distinções: Prémio Príncipe de Astúrias, Prémio Kennedy Center, Grã-Cruz da Ordem do Mérito Civil, Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos, Prémio Ella, Ordem do Império Britânico, Comandante de Honra da Legião Francesa, Medalha Internacional das Artes da Comunidade de Madrid, Prémio Brit Award, Ordem Águila Azteca (Pelo seu trabalho no terremoto de 1985).
Recebeu também o título de Doutor Honoris Causa das seguintes instituições: Royal Northern College of Music, Philadelphia College of Performing Arts, Universidade de Oklahoma City, Universidade Complutense de Madrid, Universidade de Nova York, Universidade de Georgetown, Washington College em Chestertown, Universidade Anáhuac no México, Academia de Música Fryderyk Chopin de Varsóvia, Universidade de Oxford.
Desde 1993, tem uma estrela no Passeio da Fama de Hollywood.
Ganhou sete prémios Grammy e dois Emmy.

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