




João Pires Cutileiro nasceu em Lisboa em 1937. Filho de mãe alentejana, que casou com José Cutileiro, um médico da Organização Mundial da Saúde em serviço no Alentejo. O escultor viveu os seus primeiros anos em Évora.
Em Lisboa a casa onde vivia, foi frequentada pela chamada intelligentsia, um grupo de personalidades da época. António Pedro, um deles, trouxe-o para desenhar no seu atelier, em 1946. Durante os dois anos que aí trabalhou, foi fortemente influenciado pelo Surrealismo.
Depois, frequentou o estúdio de Jorge Barradas, onde executou trabalhos de modelismo e de pintura, para além de vidrados de cerâmica. Descontente, mudou-se para o atelier de António Duarte, onde foi assistente de canteiro, durante dois anos. Lá deu-se o seu contacto com a pedra, pois tinha como trabalho ampliar os modelos do mestre canteiro, passá-los a gesso e depois a mármore.Com apenas catorze anos, no ano de 1951, Cutileiro apresentou a sua primeira exposição individual em Reguengos de Monsaraz, mostrando esculturas, pinturas, aguarelas e cerâmicas. Completou o liceu e foi nesse período que a sua ideologia política, foi revelada, ingressando no MUD Juvenil.
Em Lisboa a casa onde vivia, foi frequentada pela chamada intelligentsia, um grupo de personalidades da época. António Pedro, um deles, trouxe-o para desenhar no seu atelier, em 1946. Durante os dois anos que aí trabalhou, foi fortemente influenciado pelo Surrealismo.
Depois, frequentou o estúdio de Jorge Barradas, onde executou trabalhos de modelismo e de pintura, para além de vidrados de cerâmica. Descontente, mudou-se para o atelier de António Duarte, onde foi assistente de canteiro, durante dois anos. Lá deu-se o seu contacto com a pedra, pois tinha como trabalho ampliar os modelos do mestre canteiro, passá-los a gesso e depois a mármore.Com apenas catorze anos, no ano de 1951, Cutileiro apresentou a sua primeira exposição individual em Reguengos de Monsaraz, mostrando esculturas, pinturas, aguarelas e cerâmicas. Completou o liceu e foi nesse período que a sua ideologia política, foi revelada, ingressando no MUD Juvenil.
A caminho de Cabul, para visitar o seu pai que lá ficaria um ano, passou por Florença, onde se encantou pela obra de Miguel Ângelo e confirmou a certeza da fixação na escultura, que existia desde os seus seis anos. No regresso, inscreveu-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Só passou dois anos na referida Escola, desmotivado por ter percebido que em Portugal o único material considerado prestável era o bronze e as pesquisas noutros materiais eram travadas. Saiu do país e foi para a Slade School of Art, em Londres. Nesse curso desenvolveu as suas capacidades e no final recebeu três prémios: Composição, figura e cabeça.
Ao começar a utilizar máquinas eléctricas para executar o trabalho, dedicou-se ao mármore e surgiram as figuras, as paisagens as caixas e as árvores. Nos dez anos seguintes a 1961, fez cinco exposições em Lisboa e uma no Porto.
Em 1970 instalou-se em Lagos e foi lá que executou a sua obra mais polémica, D.Sebastião, erigida nessa mesma cidade. Essa obra confrontou o academismo do Estado Novo e recebeu fortes críticas. Cutileiro disse ironicamente, que desistia da escultura, passando a ser apenas «um fazedor de objectos destinados à burguesia intelectual», espantando os escultores por essa função de escultor, criador de peças decorativas. Esta frase pretende também menosprezar as críticas de quem o considerava escultor menor.
Conquistou uma menção honrosa no Prémio Soquil no ano de 1971 e cinco anos mais tarde as suas esculturas e mosaicos foram expostos em Wuppertal na Alemanha, seguindo-se exposições em Évora. Em 1980, a sua obra voltou à Alemanha, a Dortmund. Nesse mesmo ano, expôs em Washington D.C. e na Sociedade Nacional de Belas Artes. No ano seguinte participou no Simpósio da Escultura em Pedra, na cidade de Évora e numa exposição na Jones Gallery em Nova Iorque.
A sua costela alentejana impulsionou-o a mudar-se para Évora em 1985, onde tem exposta, na sua casa, uma grande parte das suas obras.
As Meninas de Cutileiro, ironicamente assim chamadas, são provavelmente o tema mais famoso de Cutileiro e valeram-lhe glória e dinheiro, mas também desprezo de alguns.
No ano de 88, Cutileiro realizou exposições em Almansil, Macau e Lisboa e no ano seguinte fez novas exposições em Almansil e em Lisboa. Em 1990 elaborou uma exposição retrospectiva, na Fundação Calouste Gulbenkian. Nos anos seguintes, o mestre realizou mais exposições em Bruxelas, Luxemburgo, Évora, Guimarães, Lagos, Almansil e Lisboa.
Ao começar a utilizar máquinas eléctricas para executar o trabalho, dedicou-se ao mármore e surgiram as figuras, as paisagens as caixas e as árvores. Nos dez anos seguintes a 1961, fez cinco exposições em Lisboa e uma no Porto.
Em 1970 instalou-se em Lagos e foi lá que executou a sua obra mais polémica, D.Sebastião, erigida nessa mesma cidade. Essa obra confrontou o academismo do Estado Novo e recebeu fortes críticas. Cutileiro disse ironicamente, que desistia da escultura, passando a ser apenas «um fazedor de objectos destinados à burguesia intelectual», espantando os escultores por essa função de escultor, criador de peças decorativas. Esta frase pretende também menosprezar as críticas de quem o considerava escultor menor.
Conquistou uma menção honrosa no Prémio Soquil no ano de 1971 e cinco anos mais tarde as suas esculturas e mosaicos foram expostos em Wuppertal na Alemanha, seguindo-se exposições em Évora. Em 1980, a sua obra voltou à Alemanha, a Dortmund. Nesse mesmo ano, expôs em Washington D.C. e na Sociedade Nacional de Belas Artes. No ano seguinte participou no Simpósio da Escultura em Pedra, na cidade de Évora e numa exposição na Jones Gallery em Nova Iorque.
A sua costela alentejana impulsionou-o a mudar-se para Évora em 1985, onde tem exposta, na sua casa, uma grande parte das suas obras.
As Meninas de Cutileiro, ironicamente assim chamadas, são provavelmente o tema mais famoso de Cutileiro e valeram-lhe glória e dinheiro, mas também desprezo de alguns.
No ano de 88, Cutileiro realizou exposições em Almansil, Macau e Lisboa e no ano seguinte fez novas exposições em Almansil e em Lisboa. Em 1990 elaborou uma exposição retrospectiva, na Fundação Calouste Gulbenkian. Nos anos seguintes, o mestre realizou mais exposições em Bruxelas, Luxemburgo, Évora, Guimarães, Lagos, Almansil e Lisboa.
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