«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

terça-feira, 12 de maio de 2009

AUGUSTO ABELAIRA (1926-2003)


Augusto José de Freitas Abelaira nasceu na aldeia de Ança, mudou-se ainda jovem para a cidade do Porto, mas licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Abelaira participou activamente na luta contra o regime de Salazar, integrando-se em movimentos estudantis de oposição, participando activamente na distribuição de panfletos. Após a década de 1930, passou a utilizar a ironia como a sua principal arma. Estreou-se como autor de romances no fim da década de 1950, com o romance, A Cidade das Flores, um retrato das perplexidades da juventude do seu tempo, em relação ao totalitarismo de Salazar, deslocando a trama para a Itália, para não ser preso pela PIDE. A sua obra foi influenciada pela estética neo-realista, que une os romances histórico-materialistas e os romances psicológicos.
Foi detido em 1965 por ter atribuído, como presidente do júri, o Grande Prémio da Novelística da Sociedade Portuguesa de Escritores ao angolano José Luandino Vieira (também preso no Tarrafal), pelo seu livro de contos, Luuanda.
Trabalhou como tradutor e como jornalista no Diário Popular, no Jornal de Letras e no Século. Entre 1977 e 1978, foi director de programas da RTP e das revistas Seara Nova e Vida Mundial.
ESCREVEU:
A Cidade das Flores, Os Desertores, As Boas Intenções, Bolor, Enseada Amena, Quatro Paredes Nuas, Sem Tecto entre Ruínas, O Triunfo da Morte, O Bosque Harmonioso, O único Animal que..., Deste Modo ou Daquele, Outrora, Agora.
Prémios: Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa, pelo romance, As Boas Intenções; Prémio Cidade de Lisboa, pelo romance Sem Tecto entre Ruínas; Grande prémio de romance e novela, da Associação Portuguesa de Escritores, Prémio da Crítica, Prémio Cidade de Lisboa, Prémio de Pen Club, pelo romance, Outrora, Agora.

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