«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quarta-feira, 13 de maio de 2009

GIUSEPPE DI STEFANO (1921-2008)

Giuseppe Di Stefano, nasceu na província de Catânia, Sicília. Começou a destacar-se no cenário lírico internacional no fim dos anos 40, actuando em vários países. O apogeu da fama, nos anos 50, acabou coincidindo com o início de sua decadência, no final daquela década, quando a sua voz começou a perder a flexibilidade e suavidade anteriores, provavelmente devido a uma certa indisciplina e desleixo quanto à sua própria carreira e ao fato de incluir no seu repertório papéis para tenor lírico-spinto e até dramático, o que acabou por danificar sua voz essencialmente lírica. As suas interpretações mais conhecidas foram feitas ao lado de Maria Callas, com quem formou um famoso par e manteve, durante certo tempo, um relacionamento amoroso. Di Stefano notabilizou-se, pelo seu timbre aveludado de sonoridades suaves, com uma dicção exemplar e pela marcante carga dramática, que imprimia aos seus papéis. Actuou também com outras grandes cantoras, como: Renata Tebaldi e Leontyne Price, tendo sido um cantor extremamente versátil e prolífico, enquanto durou o seu apogeu. As suas maiores interpretações foram, sobretudo, no repertório italiano do Bel Canto, por exemplo, na Lucia di Lammermoor e do verismo (I Pagliacci e Tosca), bem como nas óperas de Giuseppe Verdi (La Traviata e La Forza del Destino, entre outros).
Nos anos 70, Giuseppe di Stefano voltou aos palcos para uma tournée de cerca de dois anos ao lado de Maria Callas. Contudo, o estado vocal desgastado dos dois era notório, tiveram sucesso do público, mas a crítica não os poupou.

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