Deixou-nos Bénard da Costa, um «CATEDRÁTICO» do cinema.
João Pedro Bénard da Costa, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Faculdade de Letras de Lisboa, com a dissertação: Do Tema do «Outro» no Personalismo de Emmanuel Mounier. Convidado para ser Assistente naquela faculdade, a PIDE impediu-lhe uma carreira universitária. Veio a leccionar disciplinas de História e Filosofia, no Seminário Menor de Almada, no Externato Frei Luís de Sousa , no Liceu Luís de Camões e no Colégio Moderno.
Bénard foi: Presidente-Geral da Juventude Universitária Católica, dirigente cineclubista, um dos fundadores e directores, da revista O Tempo e o Modo, investigador do Centro de Investigação Pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian, Secretário Executivo da Comissão Portuguesa da Associação Internacional para a Liberdade da Cultura e responsável pelo Sector de Cinema do Serviço de Belas-Artes, da Fundação Gulbenkian.
Voltou ao ensino em 1973, como Professor de História do Cinema, na Escola Superior de Cinema do Conservatório Nacional, onde se manteve até 1980. Foi nomeado subdirector da Cinemateca Portuguesa em 1980 e director de 1991 a 2009. Foi também presidente da Comissão de Programação da Federação Internacional de Arquivos de Filmes. Em 2000 foi responsável pelo capítulo, cinema português, da Enciclopédia Einaudi, que foi incluído na História do Cinema Mundial, coordenada por Gian-Piero Brunetta e colaborou ainda com ensaios sobre o cinema português, em obras colectivas sobre a arte do século XX, editadas pelo Centro Nacional de Cultura. Em 1997, foi também nomeado pelo Presidente da República (Jorge Sampaio), Presidente da Comissão do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, cargo em que foi reconduzido.
Para além de colaboração dispersa por vários jornais e revistas, publicou várias obras de filosofia, pedagogia e história do cinema. Entre estes últimos avultam as suas monografias sobre Alfred Hitchcock, Luis Buñuel, Fritz Lang, John Ford, Josef Von Sternberg, Nicholas Ray e Howard Hawks. São também de referir os livros: O Musical, Os Filmes da Minha Vida, Histórias do Cinema Português, Muito Lá de Casa e O Cinema Português Nunca Existiu.
Como actor secundário, participou em várias longas-metragens, realizadas por Manoel de Oliveira e João César Monteiro, sob o pseudónimo de Duarte de Almeida.
Foram-lhe dadas as comendas de Officier des Arts et des Lettres de França e da Ordem do Infante D. Henrique. A Universidade de Coimbra concedeu-lhe o Prémio de Estudos Fílmicos e também lhe foi concedido o Prémio Pessoa. Pelo trabalho à frente da Cinemateca, Bénard da Costa foi condecorado em Setembro de 2008, pelo ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, com a medalha de mérito cultural.
João Pedro Bénard da Costa, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Faculdade de Letras de Lisboa, com a dissertação: Do Tema do «Outro» no Personalismo de Emmanuel Mounier. Convidado para ser Assistente naquela faculdade, a PIDE impediu-lhe uma carreira universitária. Veio a leccionar disciplinas de História e Filosofia, no Seminário Menor de Almada, no Externato Frei Luís de Sousa , no Liceu Luís de Camões e no Colégio Moderno.
Bénard foi: Presidente-Geral da Juventude Universitária Católica, dirigente cineclubista, um dos fundadores e directores, da revista O Tempo e o Modo, investigador do Centro de Investigação Pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian, Secretário Executivo da Comissão Portuguesa da Associação Internacional para a Liberdade da Cultura e responsável pelo Sector de Cinema do Serviço de Belas-Artes, da Fundação Gulbenkian.
Voltou ao ensino em 1973, como Professor de História do Cinema, na Escola Superior de Cinema do Conservatório Nacional, onde se manteve até 1980. Foi nomeado subdirector da Cinemateca Portuguesa em 1980 e director de 1991 a 2009. Foi também presidente da Comissão de Programação da Federação Internacional de Arquivos de Filmes. Em 2000 foi responsável pelo capítulo, cinema português, da Enciclopédia Einaudi, que foi incluído na História do Cinema Mundial, coordenada por Gian-Piero Brunetta e colaborou ainda com ensaios sobre o cinema português, em obras colectivas sobre a arte do século XX, editadas pelo Centro Nacional de Cultura. Em 1997, foi também nomeado pelo Presidente da República (Jorge Sampaio), Presidente da Comissão do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, cargo em que foi reconduzido.
Para além de colaboração dispersa por vários jornais e revistas, publicou várias obras de filosofia, pedagogia e história do cinema. Entre estes últimos avultam as suas monografias sobre Alfred Hitchcock, Luis Buñuel, Fritz Lang, John Ford, Josef Von Sternberg, Nicholas Ray e Howard Hawks. São também de referir os livros: O Musical, Os Filmes da Minha Vida, Histórias do Cinema Português, Muito Lá de Casa e O Cinema Português Nunca Existiu.
Como actor secundário, participou em várias longas-metragens, realizadas por Manoel de Oliveira e João César Monteiro, sob o pseudónimo de Duarte de Almeida.
Foram-lhe dadas as comendas de Officier des Arts et des Lettres de França e da Ordem do Infante D. Henrique. A Universidade de Coimbra concedeu-lhe o Prémio de Estudos Fílmicos e também lhe foi concedido o Prémio Pessoa. Pelo trabalho à frente da Cinemateca, Bénard da Costa foi condecorado em Setembro de 2008, pelo ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, com a medalha de mérito cultural.
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