Livro escrito por Miguel de Cervantes y Saavedra. O título original era, El ingenioso hidalgo Don Qvixote de La Mancha.O livro surgiu num período de grande inovação e diversidade, por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria, que gozaram de imensa popularidade. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O livro é um dos primeiros das línguas europeias modernas e é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola. Em 2002, o livro foi escolhido como a melhor obra de ficção de todos os tempos. A votação foi organizada pelo Clube dos Livro Noruegueses e participaram escritores de reconhecimento internacional.
O protagonista da obra é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano de certa idade, que perdeu a razão, pela leitura assídua dos romances de cavalaria e pretende imitar os seus heróis predilectos. Investido pelos ideais cavalheirescos do amor, da paz e da justiça, prepara-se para viajar pelo mundo, em luta por tais valores e por viver o seu próprio romance de cavalaria. Escolhe um título para si mesmo, o de Don Quijote de la Mancha, apelida um cavalo velho e descarnado com o nome de Rocinante, elege como dama ideal de seus sentimentos, uma simples camponesa, a quem dá o nome de Dulcinea del Toboso, suposta dama de alta nobreza e leva como companhia Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro, que tem um perfil mais realista. A acção gira em torno de três incursões da dupla por terras de La Mancha, de Aragão e da Catalunha. Nessas incursões, ele envolve-se numa série de aventuras, mas suas fantasias são sempre desmentidas pela dura realidade. O efeito é altamente humorístico.
Análise Literária - O livro é estruturado em duas partes, a primeira maneirista, enquanto a segunda é mais barroca. Enquanto a primeira parte da obra deixa a impressão de liberdade máxima, a segunda parte produz a sensação constante de nos encontrarmos encerrados em limites estreitos. O processo adoptado por Cervantes - a paródia - permite dar relevo aos contrastes, através da deformação grotesca, pela deslocação do patético para o burlesco, fazendo com que o burlesco apague momentaneamente a emoção, estabelecendo um entrelaçado espontâneo de pitoresco, de burlesco e de emoção. O conflito surge do confronto entre o passado e o presente, o ideal e o real e o ideal e o social.
Dom Quixote e Sancho Pança representam valores distintos, embora sejam participantes do mesmo mundo. É importante compreender a visão irónica que o romancista tem do mundo moderno, o fundo de alegria que está por detrás da visão melancólica e a busca do absoluto. São mundos completamente diferentes. O fiel escudeiro de Dom Quixote é definido por Cervantes como "homem de bem mas de pouco sal na moleirinha". É o representante do bom senso e é para o mundo real, aquilo que Dom Quixote é para o mundo ideal.
As figuras de D. Quixote, de Sancho Pança e do Rocinante, rapidamente conquistaram a imaginação popular. No entanto, os críticos contemporâneos da obra não a levaram tão a sério como as gerações posteriores. No século XVII, por exemplo, considerou-se que o romance continha em si pouco mais que o tom de bom humor e de diversão, com D. Quixote e Sancho Pança a encarnarem respectivamente o grotesco e o pícaro. O século XVIII foi pródigo em elogios a D. Quixote, não só em Espanha e em Portugal, como também por parte dos grandes românticos do centro da Europa.
Na história do romance moderno, o papel de Dom Quixote é reconhecido como seminal. A evidência disso pode ser vista em vários escritores bem conhecidos, como por exemplo: Daniel Defoe, Walter Scott, Charles Dickens, Gustave Flaubert, Herman Melville, Dostoiévski, James Joyce e Jorge Luís Borges. Dom Quixote provou ser uma notável fonte de inspiração para os criadores em outros campos artísticos: teatro, ópera, composições musicais, bailados, cinema, televisão e o cartoons. Dom Quixote inspirou ainda pintores como William Hogarth, Francisco Goya, Honoré Daumier e Pablo Picasso.
O protagonista da obra é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano de certa idade, que perdeu a razão, pela leitura assídua dos romances de cavalaria e pretende imitar os seus heróis predilectos. Investido pelos ideais cavalheirescos do amor, da paz e da justiça, prepara-se para viajar pelo mundo, em luta por tais valores e por viver o seu próprio romance de cavalaria. Escolhe um título para si mesmo, o de Don Quijote de la Mancha, apelida um cavalo velho e descarnado com o nome de Rocinante, elege como dama ideal de seus sentimentos, uma simples camponesa, a quem dá o nome de Dulcinea del Toboso, suposta dama de alta nobreza e leva como companhia Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro, que tem um perfil mais realista. A acção gira em torno de três incursões da dupla por terras de La Mancha, de Aragão e da Catalunha. Nessas incursões, ele envolve-se numa série de aventuras, mas suas fantasias são sempre desmentidas pela dura realidade. O efeito é altamente humorístico.
Análise Literária - O livro é estruturado em duas partes, a primeira maneirista, enquanto a segunda é mais barroca. Enquanto a primeira parte da obra deixa a impressão de liberdade máxima, a segunda parte produz a sensação constante de nos encontrarmos encerrados em limites estreitos. O processo adoptado por Cervantes - a paródia - permite dar relevo aos contrastes, através da deformação grotesca, pela deslocação do patético para o burlesco, fazendo com que o burlesco apague momentaneamente a emoção, estabelecendo um entrelaçado espontâneo de pitoresco, de burlesco e de emoção. O conflito surge do confronto entre o passado e o presente, o ideal e o real e o ideal e o social.
Dom Quixote e Sancho Pança representam valores distintos, embora sejam participantes do mesmo mundo. É importante compreender a visão irónica que o romancista tem do mundo moderno, o fundo de alegria que está por detrás da visão melancólica e a busca do absoluto. São mundos completamente diferentes. O fiel escudeiro de Dom Quixote é definido por Cervantes como "homem de bem mas de pouco sal na moleirinha". É o representante do bom senso e é para o mundo real, aquilo que Dom Quixote é para o mundo ideal.
As figuras de D. Quixote, de Sancho Pança e do Rocinante, rapidamente conquistaram a imaginação popular. No entanto, os críticos contemporâneos da obra não a levaram tão a sério como as gerações posteriores. No século XVII, por exemplo, considerou-se que o romance continha em si pouco mais que o tom de bom humor e de diversão, com D. Quixote e Sancho Pança a encarnarem respectivamente o grotesco e o pícaro. O século XVIII foi pródigo em elogios a D. Quixote, não só em Espanha e em Portugal, como também por parte dos grandes românticos do centro da Europa.
Na história do romance moderno, o papel de Dom Quixote é reconhecido como seminal. A evidência disso pode ser vista em vários escritores bem conhecidos, como por exemplo: Daniel Defoe, Walter Scott, Charles Dickens, Gustave Flaubert, Herman Melville, Dostoiévski, James Joyce e Jorge Luís Borges. Dom Quixote provou ser uma notável fonte de inspiração para os criadores em outros campos artísticos: teatro, ópera, composições musicais, bailados, cinema, televisão e o cartoons. Dom Quixote inspirou ainda pintores como William Hogarth, Francisco Goya, Honoré Daumier e Pablo Picasso.
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