«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

ÉDOUARD MANET (1832-1883)

TRÊS QUADROS FAMOSOS DE MANET:
OLYMPIA
BAR FOLLIES-BERGÉRE
O ALMOÇO NA RELVA

Pintor francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX. Manet gosta dos jogos de luz e de sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade. O trabalhado das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época, a sua pintura seguia a estética naturalista de Zola e Maupassant. Manet foi criticado pelos temas, pela técnica, que escapava às convenções académicas. Frequentemente inspirado pelos mestres clássicos, particularmente pelos espanhóis, Manet influenciou, certos precursores do impressionismo, devido à pureza da sua abordagem. Pela sua originalidade e independência, é considerado um dos fundadores da arte moderna.
Os pais queriam que Édouard, estudasse Direito, mas Manet queria ir para a marinha. Chumbou várias vezes para entrar da Escola naval, mas uma viagem num navio-escola, como marinheiro, despertou-lhe o interesse pela pintura e começou a visitar o Louvre. Os pais dão-lhe apoio para ir estudar
no ateliêr do pintor e mestre Thomas Couture. Durante seis anos, Manet procurou aprender as bases técnicas da pintura e fez cópias de várias obras expostas no Louvre, depois completou os seus estudos, viajando e conhecendo museus de outros países como Itália, Holanda, Alemanha, Áustria e outros. Manet teve um filho, com Suzanne Leenhoff, de origem holandesa, que era professora de piano, mas o pai de Manet opôs-se ao casamento e só casaram depois da sua morte. Manet deixou o atelier de Couture, por divergências artísticas. Em 1859, Manet enviou o seu primeiro trabalho, ao Salão de Paris, a obra foi recusada, o júri não estava aberto a novas ideias. Manet tinha um certo fascínio, pela arte espanhola e principalmente por Vélasquez e pintou vários quadros alusivos. Dois foram expostos no Salão dos Recusados de 1863. O quadro "O Cantor Espanhol", ganhou destaque na exposição, pelas suas cores vivas e ganhou uma menção honrosa.
Manet era um jovem amigável e sociável, teve como amigos entre outros o escritor Baudelaire e vários pintores como Monet e Renoir. No seu trabalho a partir de certa altura rompe com o realismo, aproximando-se do impressionismo.
Manet expôs no Salão dos Recusados, o quadro "Almoço na Relva," que foi um escândalo para época, pela nudez."Olympia" também causou reacções fortes. Era um retrato de uma jovem prostituta nua. A sua mulher foi o modelo de muitos dos seus quadros, assim como a pintora Berthe Morisot."O tocador de Pífaro" também foi recusado no Salão Oficial de Paris. Fato que fez com que Zola, escrevesse um artigo, defendendo a tela. No ano seguinte, após ser excluído do Salão Internacional, Manet promoveu com seu próprio dinheiro, uma exposição das suas obras, mas foi um fracasso.
Em 1868 e 1869, Manet foi aceite no Salão Oficial. Em 1870, com a guerra franco-prussiana, Manet alistou-se a Guarda Nacional. No ano de 1881, Manet ganharia o direito de participar permanentemente do Salão Oficial sem julgamento prévio. Em 1882, apresentou o seu último quadro «Bar em Folies-Bergère».
contraiu sífilis, o que lhe causou dores e paralisia parcial. Em 1883, Manet teve que amputar a perna esquerda, devido a gangrena, e morreu dias depois.

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